Luminol, câmeras e cães de faro: como a polícia esclareceu assassinato em Balneário Pinhal

Amigo da vítima foi preso e confessou o crime; corpo foi encontrado na semana passada na beira da Interpraias no Balneário Quintão

Compartilhe

Cães de faro apontaram local onde revólver utilizado no crime estava enterrado. Foto: Polícia Civil

Com apoio de cães de faro, imagens de câmeras do cercamento eletrônico e perícia com luminol, a Polícia Civil (PC) esclareceu um assassinato em Balneário Pinhal. Os agentes prenderam, na noite desta terça-feira (11), um amigo do homem encontrado morto na beira da ERS-786, a Interpraias, entre a praia do Magistério, em Balneário Pinhal, e o Balneário Quintão, em Palmares do Sul.

A investigação teve início no fim da tarde de 6 de fevereiro a partir da localização do cadáver na beira da rodovia.
A perícia identificou que a vítima tinha ferimento por disparo de arma de fogo na cabeça, dando início a um trabalho conjunto do Posto Policial do Quintão e da Delegacia de Polícia de Balneário Pinhal.

Com base no depoimento de testemunhas e informações dos peritos criminais, os investigadores concluíram que o crime não aconteceu nas proximidades da rodovia e que o corpo da vítima havia sido levado para o local onde foi encontrado. Na sequência, identificaram uma casa no bairro Pinhal Sul onde teria ocorrido o crime.

O dono do imóvel passou a ser considerado o principal suspeito. Os policiais analisaram as imagens das câmeras do cercamento eletrônico de Balneário Pinhal e confirmaram o deslocamento do automóvel do investigado em direção ao ponto onde o cadáver foi deixado.

Na residência e no carro, a perícia usou a substância química chamada de luminol, que emite uma luz ao reagir com resquícios de sangue. Com isso, identificou a presença de sangue tanto no pátio da residência quanto no porta-malas do veículo.

Corpo da vítima foi encontrado na semana passada às margens da ERS-786. Foto: Bruno Cardoso / Rádio Líder 98,1 / Arquivo

Para buscar a arma usada no crime, foram empregados cães de faro. Os cachorros apontaram aos investigadores o local, no pátio da casa, onde estava enterrado o revólver usado para cometer o assassinato.

Prisão e confissão

O suspeito, de 50 anos, foi preso em seu imóvel, onde aconteceu o crime, logo depois da localização do revólver pelos cães de faro. Segundo a Polícia Civil, durante depoimento na delegacia, ele confessou ter matado o amigo depois de um desentendimento por causa de um telefone celular. O homem, no entanto, alegou que agiu em legítima defesa.

Inicialmente, ele foi autuado pela posse ilegal da arma de fogo, mas com base em todas as provas colhidas e na confissão, a polícia solicitou que a Justiça decretasse sua prisão preventiva por homicídio. O pedido foi acatado pelo juiz no início da madrugada desta quarta-feira (12).

Suspeito foi preso e, segundo a polícia, confessou ter matado o amigo. Foto: Polícia Civil

Passeio no Litoral para pescaria

Ainda conforme a apuração dos investigadores, o autor e a vítima são moradores de Porto Alegre e vieram para o Litoral Norte passar alguns dias na casa do investigado em Balneário Pinhal. O principal objetivo do passeio era pescar. A vítima tinha 53 anos. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

O trabalho foi coordenado pelo delegado Rodrigo Steinert Nunes, que responde pela DP de Balneário Pinhal, e pelo delegado Antônio Carlos Ractz Jr, que responde pelo Posto Policial do Balneário Quintão.

Compartilhe

Postagens Relacionadas