
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja viajarão a Roma para participar do funeral do papa Francisco, conforme informou o Palácio do Planalto nesta segunda-feira (21). A data da viagem ainda depende da definição dos protocolos do Vaticano.
A informação foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom). A composição completa da comitiva deve ser divulgada na terça-feira (22), segundo o governo federal.
Lula e Janja encontraram-se algumas vezes com o papa Francisco. Em suas reuniões, abordaram temas como a guerra entre Rússia e Ucrânia, o combate à fome e a crise climática. Recentemente, o casal também celebrou uma missa no Palácio da Alvorada em intenção da saúde do pontífice.
Jorge Mario Bergoglio faleceu nesta segunda-feira, aos 88 anos, às 7h35 no horário local do Vaticano (2h35 em Brasília). Ele liderou a Igreja Católica durante quase 12 anos.
Francisco foi o 266º papa da Igreja Católica, tendo sido eleito em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave que definiu o sucessor de Bento XVI. Sua escolha, conforme ele próprio revelou, ocorreu “inclusive contra a sua própria vontade”.
Em sinal de respeito, Lula decretou luto oficial de sete dias no Brasil. Logo no início da manhã, por volta das 10h, as bandeiras localizadas em frente ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal já estavam hasteadas a meio-mastro, prática tradicional em momentos de luto oficial.
O decreto publicado no “Diário Oficial da União” afirma: “É declarado luto oficial em todo o País, pelo período de sete dias, contado da data de publicação deste Decreto, em sinal de pesar pelo falecimento de Jorge Mario Bergoglio, Sua Santidade o Papa Francisco, a quem serão tributadas honras fúnebres de Chefe de Estado.”
Lula também destacou o legado do papa em uma mensagem. “Papa Francisco foi o papa da paz, do diálogo, da união e do amor a todas as formas de vida. Fez seguidos alertas sobre a crise climática a ameaça de distribuição do nosso planeta – obra prima da criação divina. Condenou todas as guerras, que tem como vítimas preferenciais a população civil – sobretudo mulheres e crianças”, disse o presidente.
“Na sua bênção de despedida no domingo de páscoa, pediu para voltarmos a ter esperança de que a paz é possível. Francisco foi o papa da esperança. Em sua despedida, renovou a crença nos seres humanos e previu o futuro melhor para a humanidade. Disse que o amor venceu o ódio, a verdade venceu a mentira, o perdão venceu a vingança. Isso é o mundo que haveremos de construir inspirados no papa Francisco. Se formos capazes de cultivar a paz, o amor a justiça e a fraternidade. Que Deus abençoe a humanidade”, completou.