O Litoral Norte do Rio Grande do Sul chegou nesta quarta-feira (19) ao maior patamar de casos ativos de covid-19 desde o início da pandemia. Conforme o boletim epidemiológico semanal, divulgado à noite, pelo Centro de Operações de Emergência (COE) da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), há 7.709 pessoas em tratamento ou isolamento após diagnóstico da doença.
No boletim da semana passada, de 12 de janeiro, eram 4.324 pacientes com a doença ativa. Em março de 2021, momento mais crítico da pandemia, o número não havia passado de 6.000.
Nos últimos sete dias, a região teve 6.243 diagnósticos positivos, uma média de 891 por dia, conforme dados apurados pelo COE juntos aos 23 municípios da região. Nesse mesmo período, também foram notificados dois óbitos de pacientes com covid-19, um de Capão da Canoa e outro de Imbé.
Essas são as únicas mortes registradas no mês de janeiro. Em dezembro, por exemplo, até o boletim do dia 22, já tinha sido contabilizados 15 óbitos por covid-19.
Apesar do avanço do vírus, relacionado à variante ômicron, também aumentou a quantidade de pessoas com vacinação completa: 79% da população estimada para o Litoral Norte já receberam duas doses da vacina. E esse percentual, conforme a 18ª CRS, pode estar defasado devido a problemas nos sistemas do Ministério da Saúde.
Em relação aos hospitais, o boletim, que leva em conta as inspeções em todas as instituições da região, apresenta um cenário diferente do computado pelo governo do Estado. “A taxa de ocupação de leitos clínicos atingiu 58% e a de UTI 95%. Não há leitos de UTI disponíveis nos hospitais de Torres, Capão da Canoa e Osório, embora estejam buscando ampliar para acolher novos pacientes. Além dos adultos há 5 crianças internadas na região”, informa o COE.
Ao divulgar o boletim semanal, a equipe reforçou a recomendação para que a população do Litoral Norte, moradores e veranistas, mantenha o distanciamento social evitando aglomerações e reiterou a importância do uso de máscaras. “Tais medidas, associadas à vacinação, são a única forma de reduzir a transmissão da doença”, alertam os profissionais.
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