Litoral Norte tem 25 casos confirmados de dengue e 80 em investigação, aponta SES

Coordenadoria Regional de Saúde vê tendência de aumento de contaminações nos próximos meses e pede que população atue para combater focos do mosquito Aedes aegypti

Compartilhe

Combater pontos com água parada é fundamental para evitar a propagação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Foto: SES

O aumento de casos suspeitos e confirmados de dengue no Litoral Norte do Rio Grande do Sul motiva atenção especial. Em 2024, são 25 diagnósticos da doença, sendo 15 contraídos dentro da própria região. Os dados foram consultados pela reportagem do portal Litoral na Rede, na manhã desta terça-feira (27), no painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

Além dos confirmados, há outros 80 em investigação. Do total de 203 suspeitos notificados desde janeiro, 98 já foram descartados. A SES também aponta que 16 dos 23 municípios da região têm infestação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegyti, o que representa quase 70% das cidades.

Em relação aos casos confirmados de dengue, chama atenção o avanço mais rápido em comparação com 2023. No ano passado, o primeiro diagnóstico da doença na região só aconteceu na oitava semana epidemiológica. Em 2024, a primeira confirmação ocorreu já no início do ano. Mas a elevação se intensificou nas últimas semanas. Hoje são 20 exames positivos a mais do que em 7 de fevereiro.

Tendência de aumento da dengue nos próximos meses

A 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), responsável pelos 23 municípios do Litoral Norte, alerta que há uma tendência de aumento dos casos de dengue nos próximos meses. O coordenador Robson Bobsin Brehm pondera que, apesar da situação ser de menor gravidade em comparação a outras áreas do Rio Grande do Sul, a região tem histórico de pico das contaminações nos meses de abril e maio.

“Uma das grandes razões para este pico são os imóveis que ficam ociosos depois do veraneio. Por isso, pedimos que as pessoas que estão voltando às suas residências de origem e que deixam suas casas no litoral fechadas, que tomem este cuidado para não deixar nenhum tipo de lixo ou qualquer objeto que venha acumular água e ser um criadouro do mosquito”, solicitou Robson.

Os moradores que permanecem na região também devem manter as medidas contra a proliferação o Aedes aegypti. A 18ª CRS está reforçando as ações. De acordo com o coordenador, está sendo organizada a implantação do projeto “Ovitrampas”, com instalação de armadilhas para captura de ovos do mosquito em pontos de maior incidência da espécie transmissora da dengue.

Outra medida a ser adotada é a capacitação, no início de março, de servidores dos municípios, caso sejam necessárias ações pontuais em áreas críticas, com uso de inseticidas. “A gente tem que se manter vigilante para que a dengue não saia do controle”, finalizou Robson.

Municípios com casos confirmados e em investigação

Os municípios com casos confirmados, conforme a SES, são: Santo Antônio da Patrulha (7), Torres (7), Tramandaí (4), Capão da Canoa (2), Osório (2), Maquiné (1), Três Cachoeiras (1) e Xangri-Lá (1).

Dos 80 que seguem em investigação, 27 são de Torres e 18 de Osório. Em Tramandaí, são 14 pacientes que aguardam resultados de exames. A lista segue com Santo Antônio da Patrulha (6), Maquiné (4), Imbé (3), Palmares do Sul (2), Xangri-Lá (2), Balneário Pinhal (1), Capão da Canoa (1), Cidreira (1) e Tavares (1).

Os seis municípios do Litoral Norte que não têm infestação do mosquito são: Caraá, Dom Pedro de Alcântara, Itati, Mampituba, Maquiné, Morrinhos do Sul e Tavares.

Principais sintomas da dengue

  • febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor retro-orbital (atrás dos olhos)
  • dor de cabeça
  • dor no corpo
  • dor nas articulações
  • mal-estar geral
  • náusea
  • vômito
  • diarreia
  • manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

Prevenção

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes, com a limpeza e revisão das áreas internas e externas das residências e eliminação dos objetos com água parada são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.

Compartilhe

Postagens Relacionadas