Litoral Norte registra maior expansão nos empregos formais no RS

Crescimento dos postos de trabalho com carteira assinada foi de 10,7% em 12 meses, acima das médias estadual e nacional

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Foto: Agência Brasil / Arquivo

O Litoral Norte foi a região do Rio Grande do Sul que registrou a maior expansão nos empregos formais no período de 12 meses, comparando novembro de 2021 a novembro de 2020. O crescimento foi de 10,7%, acima da média estadual (6,2%) e nacional (7,3%).

Os dados constam no Boletim de Trabalho do RS, publicação do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), divulgados nesta terça-feira (25). O documento, elaborado pelos pesquisadores Raul Bastos e Guilherme Xavier Sobrinho, é produzido com foco no Estado a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e do Novo Caged, do Ministério da Economia.

“A atração populacional do Litoral Norte e a dinamização de sua economia não são processos recentes, mas a eclosão da pandemia de Covid-19, em 2020, produziu um reforço muito significativo dessas tendências, que vem sendo recorrentemente apontada neste boletim”, afirmam os pesquisadores sobre a expansão dos empregos na região.

O segundo maior crescimento foi registrado na Serra, com alta de 7,3%. O pior foi o da região Sul, com expansão de 4,9% nos empregos formais em 12 meses.

Empregos formais no RS

Dos 154,3 mil novos vínculos formais de trabalho criados no Rio Grande do Sul entre novembro de 2020 e novembro de 2021, 88,4% foram preenchidos por jovens com até 29 anos de idade. A faixa etária entre 18 e 24 anos foi a responsável pelo maior percentual (55,8%), seguido da faixa até 18 anos (19,1%) e dos (as) adultos (as) entre 25 e 29 anos (13,1%).

Na outra ponta etária, a população de 50 a 64 anos (-5,8%) e de 65 anos ou mais (-2,8%) teve saldos negativos de empregos formais, reduzindo sua presença nesse mercado ao longo do período.

Em novembro de 2021, o número total de vínculos formais de trabalho no RS atingiu um estoque de 2,63 milhões de postos, um aumento de 6,2% em relação a novembro de 2020. A variação percentual ficou abaixo da registrada no país (7,3%), e em 24º lugar no ranking dos Estados brasileiros, à frente de Rondônia, Rio de Janeiro e Sergipe.

Quanto à escolaridade dos ocupantes dos novos empregos, 59,3% tinham Ensino Médio completo, enquanto 54,1% do total era representado por mulheres. Conforme o estudo do DEE, esses dados relativos aos empregos formais gerados em 12 meses contrastam com os do estoque de empregos ao final de 2020, apurados em outra pesquisa (Rais), também do Ministério do Trabalho e Previdência. Nela, as mulheres ocupavam 46,2% do total de vínculos formais de trabalho, e os jovens de até 29 anos detinham 28,1% de participação no total.

“O viés etário na expansão do emprego formal merece especial atenção, uma vez que o emprego dos mais jovens se associa a remunerações mais baixas, contratos menos duradouros e engajamento de indivíduos com pouca experiência no exercício de suas funções”, pondera o pesquisador Guilherme Xavier Sobrinho.

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