Os últimos equipamentos necessários para o funcionamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, devem chegar, neste início de semana, na instituição. A maioria já foi instalada na sexta-feira (03). A expectativa da direção é que, em até 10 dias, os primeiros pacientes possam ser atendidos.
O espaço físico para a UTI estava pronto há mais de oito anos, mas a falta de recursos impedia a instalação do serviço na cidade de Osório. De acordo com o diretor de patrimônio do Hospital, Marcos Oliveira, desde o ano passado, havia uma mobilização junto à Secretaria Estadual da Saúde para a abertura e agora, com a pandemia do novo coronavírus, o processo foi agilizado.
“A partir da gestão do governo federal e com a secretária de Estado (da Saúde do Rio Grande do Sul) sabendo que Osório estava com tudo bem encaminhado, houve esse processo de muita rapidez. Tivemos apoio da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, com recursos que o hospital não tinha para fazer as adequações. Nós estamos só esperando o credenciamento”, disse o diretor ao Litoral na Rede.
São dez leitos, sendo dois são de isolamento. Cada um tem aparelhos como monitor, bomba de infusão, ventilador e cama hospitalar. Eles fazem parte do plano de contingência de enfrentamento à Covid-19 no Estado. Os equipamentos foram solicitados pela Secretaria da Saúde do Estado (SES) ao Ministério da Saúde. Este foi o terceiro lote de 10 leitos com equipamentos de UTI, para atender a demanda da pandemia que chegaram ao Estado.
O diretor de patrimônio do Hospital de Osório explicou que, inicialmente a UTI será para o atendimento de pacientes com a Covid-19 e, após a pandemia, passará a receber os demais pacientes que necessitarem de cuidados intensivos. “Passada esta fase, a UTI segue operando nas condições normais, onde a regulação é feita pela Central de Leitos do Estado. Os nossos leitos da UTI são todos SUS”, disse Marcos Oliveira.
Ele destaca que com a UTI funcionando, o Hospital de São Vicente de Paulo, passa a ser considerado de alta complexidade. Conforme o diretor, isso permitirá que outros serviços possam vir a ser instalados, como cirurgias cardíacas, hemodinâmica, traumatologia, quimioterapia e radioterapia. “A partir de agora se desenha um novo patamar em qualificação para a saúde de Osório e do Litoral”, avaliou.