
A Polícia Civil (PC) prendeu, em Capão da Canoa, um jovem apontado como líder de um movimento nazista. Ele é uma das seis pessoas detidas no Rio Grande do Sul durante a Operação “Accelerare III”, deflagrada pela Delegacia de Combate à Intolerância (DPCI), nesta terça-feira (14).
A delegada Tatiana Bastos, que coordenou a operação informou, ao Litoral na Rede, que com o investigado foram apreendidos fardas inspiradas na SS (exército nazista), telefones celulares, dois simulacros de armas de fogo, literatura fascista, armas brancas e simbologia nazista.
O preso em Capão da Canoa tem 19 anos de idade e, segundo a delegada, é “umas das principais lideranças do movimento nazista aceleracionista”. No Rio Grande do Sul também foram cumpridos mandados de busca e de prisão em Porto Alegre, Gravataí, Pantano Grande e Venâncio Aires.
Foram cumpridas ainda ordem judiciais em cidades de outros estados: Curitiba (PR), São Paulo (SP), Araçoiaba da Serra (SP), Ribeirão Pires (SP) e Fortaleza (CE). Em todo o país, são sete presos e um adolescente apreendido. Os crimes investigados são apologia ao nazismo e organização criminosa.
As investigações iniciaram em maio deste ano, quando aportou na DPCI uma denúncia anônima que relatava a existência de diversos grupos neonazistas e extremistas no Rio Grande do Sul. A primeira e segunda fase da Operação Accelerare resultaram em prisões de suspeitos e apreensão de equipamentos eletrônicos para extração de dados.
A PC informou que a análise dos materiais apreendidos e, principalmente, do conteúdo extraído de telefones celulares, permitiu a identificação de diversas células ou grupos neonazistas com características extremistas, separatistas e racistas, bem como de diversos integrantes dos grupos e suas lideranças.