
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira (18), em Xangri-Lá, um líder de facção, considerado um dos criminosos mais procurados do Rio Grande do Sul. A ação mobilizou agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
Tiago Soares da Silva, conhecido como “Tiago Pequeno” era considerado foragido desde 19 de setembro de 2024, quando rompeu a tornozeleira eletrônica de monitoramento. Em 24 de março do ano passado, a Justiça havia concedido a progressão de regime do apenado.
“Tiago Pequeno é um criminoso de alta relevância e que foi capturado após ter tido progressão de regime antecipada e colocação de tornozeleira eletrônica que, como esperado, foi rompida. É situação que sobrecarrega as forças de segurança, consome recursos humanos e financeiros, permite a reorganização das organizações criminosas, compromete a manutenção de bons índices e a sensação de segurança da população”, afirmou o delegado Cassiano Cabral, diretor da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO/DEIC).
Captura
A captura ocorreu em uma residência, localizada cerca de uma quadra da Avenida Paragassu, no município de Xangri-Lá. Policiais monitoraram, por diversas semanas, endereços que estariam sendo utilizados pelo foragido no Litoral Norte e na Serra Gaúcha.
A operação da Delegacia de Capturas (DECAP) contou com apoio do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Polícia Civil, desde o planejamento até a execução da ação.
“A prisão de Tiago Pequeno, um dos nossos principais alvos, é resultado de um trabalho técnico e contínuo de monitoramento realizado pela DECAP, buscando priorizar a captura de lideranças criminosas, independente de qual seja a facção”, afirmou o titular da especializada, delegado Gabriel Casanova.
Histórico
Conforme a Polícia Civil, Tiago Pequeno é um dos principais nomes na hierarquia de uma das maiores facções criminosas do estado, com liderança consolidada nas cidades de Gravataí e Cachoeirinha.
“O líder criminoso responde a dezenas de processos criminais por crimes gravíssimos, incluindo sua vinculação direta à prática de pelo menos 11 homicídios consumados, além de tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, extorsões, organização criminosa e lavagem de dinheiro”, informou a corporação.