
Com tempo firme, mar verdinho, praias lotadas e a presença de águas-vivas, o número de lesões causadas pelo contato com essas espécies marinhas triplicou no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Desde o início do verão 2024/2025 até essa segunda-feira (30), os guarda-vidas contabilizaram 6.327 casos. No mesmo período da temporada passada, foram 2.121 lesões.
Os registros estão distribuídos por todas as praias da região, com maior incidência nos balneários com grande concentração de pessoas na faixa de areia e no mar. Em Tramandaí, ocorreram 766 casos, enquanto em Nova Tramandaí foram 678. Ao longo de toda a orla de Imbé, são 1.115.
Em Capão da Canoa e Capão Novo, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS) contabilizou 833 lesões por águas-vivas. Cidreira e Balneário Pinhal tiveram 787 e 695, respectivamente.
Cuidados
Conforme o Centro de Informação Toxicológica (CIT) da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, a maioria das lesões pode ser amenizada com cuidados na praia mesmo. Normalmente, as crianças estão entre as mais afetadas por permaneceram mais tempo na água.

A orientação da área técnica do CIT/RS é lavar o local atingido com água do mar, removendo suavemente os tentáculos aderidos na pele. É importante não lavar a área lesionada com água doce e não esfregar o local.
Também é recomendável banhos e compressas com vinagre, aplicação de bolsas de gelo em gel, restringir o movimento da área afetada, acalmar a vítima e, se necessário, procurar auxílio médico.
Não é recomendado utilizar outras substâncias sem orientação médica. Outro cuidado é não pisar ou manipular animais mortos na beira da praia, pois eles ainda podem causar acidentes.