A Prefeitura de Imbé anunciou que, a partir de maio, será implantado um zoneamento no transporte escolar municipal. A medida, conforme o governo municipal, tem como principal objetivo garantir a segurança dos mais de dois mil estudantes transportados diariamente. A situação, no entanto, causou polêmica.
O novo zoneamento dividirá a cidade em duas áreas: uma que vai do Centro ao balneário Presidente e outra do balneário Presidente ao balneário Imara. De acordo com o prefeito Ique Vedovato, a iniciativa é necessária para manter a qualidade e a segurança do serviço prestado aos alunos da rede pública, evitando que os estudantes precisem fazer grandes deslocamentos dentro do veículo, como ocorre atualmente.
Para acessar o serviço, os estudantes receberão carteirinhas de transporte diretamente nas escolas em que estão matriculados. É fundamental, conforme a prefeitura, que os alunos sejam transportados apenas na linha escolar correspondente à sua residência. O itinerário atualizado das linhas escolares será divulgado em breve.
Ele ressaltou que a alteração atingirá apenas um número mínimo de alunos e garantiu que, caso as famílias optem pela transferência de seus filhos para escolas dentro da área de zoneamento de sua residência, “não faltarão vagas”.
Essa, aliás, é uma das principais queixas de alguns pais que usaram as redes sociais para manifestar descontentamento com a decisão. Eles alegam que precisarão mudar a rotina escolar dos filhos, que deverão ser transferidos de uma escola mais distante para outra mais próxima à residência em que vivem, caso queiram continuar utilizando o transporte gratuito fornecido pela prefeitura. O fato de a medida ter sido anunciada após o início do ano letivo também gerou críticas.
Em meio à polêmica, boatos de que haveria redução na oferta de linhas escolares também ganharam força. À reportagem do portal Litoral na Rede, Vedovato garantiu que isso não ocorrerá.
“Não é verdade que serão reduzidas linhas escolares ou ainda que será retirado o transporte dos alunos”, reforçou. Segundo ele, as críticas são motivadas por “narrativas de cunho político oposicionista que têm o objetivo de confundir a comunidade”.
Ainda conforme o chefe do Executivo, as linhas que atendem a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), os Centros de Apoio Pedagógico da Educação Básica (CAPEBs) e as escolas Jusseni Euzébio de Oliveira (municipal), Reinaldo Vaccari e 9 de Maio (estaduais) não sofrerão alterações. “A continuidade dos estudos está garantida, sem interrupções”, assegurou.
