Um homem de 61 anos denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi sentenciado nesta terça-feira 27 anos de prisão por incendiar o carro e matar sua esposa, Maria de Fátima de Andrade Silva, de 45 anos. Conforme a acusação, a intenção seria receber diversos seguros de vida da vítima.
Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de fogo e mediante dissimulação). O julgamento ocorreu, nessa terça-feira (15), na Câmara de Vereadores de Terra de Areia. A acusação foi feita pela promotora de Justiça Karine Camargo Teixeira.
O crime aconteceu no dia 7 de dezembro de 2011, na ERS-486, a Rota do Sol, no município de Itati, no Litoral Norte.
Conforme a promotora, o réu, morador de Osório, seguia no sentido Litoral – Serra, quando, no km 8, parou o veículo Honda Civic no acostamento, encharcou a vítima e o interior do carro com combustível e ateou fogo, empurrando o automóvel em chamas com a mulher dentro em uma ribanceira. O veículo ficou totalmente destruído.
“Depois disso, o réu aguardou o socorro, fingiu profundo pesar pela morte da companheira e apresentou uma versão surrealista para o caso”, afirmou o MPRS. Ele disse que o carro entrou em pane mecânica e que, por orientação dele, a sua mulher sentou no banco do motorista para acionar a ignição e acelerou, perdendo o controle do automóvel, que desceu a ribanceira e pegou fogo.