Homem morre por afogamento no mar em Arroio do Sal

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Ações de prevenção também aumentaram no Carnaval. Foto: Rodrigo Ziebell / SSP / Arquivo

O período de Carnaval no Litoral Norte do Rio Grande do Grande do Sul teve duas mortes por afogamento, segundo balanço do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS). A mais recente aconteceu no início da noite dessa terça-feira (16), em Arroio do Sal.

Passava das 19h quando um guarda-vidas que saia do serviço foi avisado por pescadores que duas pessoas estavam se afogando, entre as guaritas 44 e 45. Ele entrou no mar e, utilizando uma prancha de surfe, garantiu a flutuação de uma das vítimas, que estava consciente. Logo depois, resgatou o outro banhista, que estava desacordado.

Com apoio de guarda-vidas, que estavam em guaritas próximas, o homem foi retirado do mar e submetido a manobras de reanimação. Gilberto Jesus da Costa, de 44 anos, natural da cidade de Pirapó, chegou a ser encaminhado pela SAMU para o Pronto Atendimento de Arroio do Sal, mas não resistiu.

Em Cidreira, Eric Lambert, de 18 anos, desapareceu no mar no fim da tarde de segunda-feira (15).

Aumento dos salvamentos e ações de prevenção

Entre sexta-feira (12) e terça-feira (16), os guarda-vidas realizaram 175 salvamentos no mar no Litoral do Rio Grande do Sul. Um aumento de quase 90% em comparação com o Carnaval de 2020, quando ocorreram 19 resgates.

O coordenador operacional da Operação Verão do CBMRS, major Isandré Antunes, avalia que está havendo um comportamento exagerado e de excessos por parte dos banhistas.

“Nós tivemos um fluxo maior de pessoas nos finais de semana para a orla. Na temporada passada nós não tivemos folia na beira-mar como nós tivemos nesta temporada. Nós tivemos raios e descargas atmosféricas e o pessoal continuou na beira-mar, entrando no mar, inclusive em bando”, disse o oficial.

As ações de prevenção aumentaram cerca de 75%, passaram de 13.207, no Carnaval do ano passado, para 38.727 neste ano. O major também considera que o aumento do número de ações preventivas demonstra que as pessoas se arriscaram mais.

“Isso significa que os guarda-vidas estavam atendendo, estavam alertando, mas nós precisamos também entender que, se eles estavam alertando, é porque as pessoas estavam se colocando em situação de risco. O comportamento das pessoas nos mostrou que estavam mais imprudentes”, avaliou.

Antunes também salientou que as duas mortes registradas no Carnaval ocorreram foram de áreas delimitadas para banho: “Nas áreas balizadas, nós temos um tempo de resposta adequado e o pessoal está no alcance visual dos guarda-vidas. Fora deste balizamento, tudo fica mais complicado”, alertou.

O levantamento também aponta que o período de Carnaval foi o que registrou maior número de lesões por águas-vivas nas praias gaúchas nesta temporada. Foram 6.004 registros, contra 622 em 2020.

Comparativo Carnaval de 2021 e de 2020

SALVAMENTOS

(21 e 25 de fevereiro de 2020): 19

(12 e 16 de fevereiro de 2021): 175

LESÕES POR ÁGUA-VIVA

(21 e 25 de fevereiro de 2020): 622

(12 e 16 de fevereiro de 2021) = 6.004

ÓBITOS POR AFOGAMENTO

(21 e 25 de fevereiro de 2020): 0

(12 e 16 de fevereiro de 2021): 2

AÇÕES DE PREVENÇÃO

(21 e 25 de fevereiro de 2020): 13.207

(12 e 16 de fevereiro de 2021): 38.727

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