Homem morre após se afogar no mar em Capão da Canoa

Foi o primeiro óbito por afogamento registrado em área monitorada no Litoral Norte

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Moto aquática foi utilizada para retirar banhista da água. Foto: Divulgação / CBMRS / Arquivo

Um homem de 64 anos morreu após sofrer um afogamento na praia de Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na tarde dessa sexta-feira (24). Foi o primeiro óbito por afogamento no mar em área monitorada por guarda-vidas registrado na região desde o começo da Operação Verão.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), o homem foi avistado em situação de risco por uma equipe da guarita 69. Os guarda-vidas acionaram a moto aquática. Os profissionais localizaram a vítima boiando e inconsciente. Ele chegou a submergir, mas foi colocado sobre a embarcação e retirado da água.

Ainda conforme a equipe de salvamento, o caso foi classificado como afogamento de grau 6, indicando parada cardiorrespiratória. A vítima foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada ao Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa.

Apesar dos esforços, o homem não resistiu e faleceu no hospital. A vítima foi identificada como Roberto Antônio Piardi. Ele era natural de Vacaria, na Serra Gaúcha.

Óbito em área monitorada

O afogamento ocorreu entre as guaritas 69 e 71, distantes 650 metros uma da outra — a guarita 70 é inexistente. Apesar disso, o caso foi incluído como óbito em área monitorada no mais recente boletim da Operação Verão, divulgado pelo Corpo de Bombeiros na noite dessa sexta-feira.

Em conversa com a reportagem do portal Litoral na Rede, na manhã deste sábado (25), o coordenador administrativo da Operação Verão 2024/2025 do CBMRS, tenente-coronel Vinicius Lang, confirmou que o caso será tratado como óbito ocorrido em área monitorada.

A denominação dada pelos bombeiros refere-se aos espaços laterais que ficam até 150 metros distantes das guaritas, os quais são sinalizados com bandeiras amarelas e vermelhas e monitorados por bombeiros, inclusive com auxílio de quadriciclos e motos aquáticas.

“Apesar de uma das guaritas não estar ativa e [a morte] ter ocorrido fora da área de 150 metros recomendada para banho seguro, havia monitoramento, inclusive com moto aquática, a vítima foi retirada com vida, embora em grau 6, e encaminhada ao hospital. Ainda aguardamos o laudo pericial do IGP [Instituto-Geral de Perícias] que vai determinar a causa da morte, se foi um afogamento secundário ou não”, explicou Lang.

Terceira morte por afogamento

Essa foi a terceira morte por afogamento registrada nas praias do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a primeira em área monitorada por guarda-vidas, desde o início da 8ª edição da Operação Verão 2024/2025.

No dia 29 de dezembro, um banhista morreu afogado no mar entre os balneários Atlântico e Praia Azul, em Arroio do Sal. Apesar de o local onde ocorreu a fatalidade não ser uma área coberta pelo serviço de guarda-vidas, profissionais da guarita mais próxima, distante cerca de 600 metros, atuaram no caso.

No dia seguinte, um jovem perdeu a vida após entrar no mar em uma área sinalizada como perigosa, na Prainha, em Torres. O local não conta com cobertura de guarda-vidas. Profissionais da guarita 8, localizada a 350 metros do local, utilizaram uma moto aquática no resgate. Apesar dos esforços, a vítima não resistiu e morreu no hospital.

Recomendação

Os guarda-vidas reforçam a importância de os banhistas utilizarem áreas balizadas e com postos de salvamento ativos. “A gente recomenda sempre que os banhistas procurem um posto de salvamento ativado, com serviço de guarda-vidas, em área balizada para banho”, finaliza o oficial.

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