O vento de nordeste afastou as pessoas da beira da praia nesta sexta-feira (25) no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Apesar de o movimento ser menor do que no mesmo período do ano passado, houve uma morte na orla de Imbé e um homem desapareceu no mar em Cidreira.
Na altura da guarita 181, em Cidreira, os guarda-vidas resgataram um adolescente de 14 anos que estava se afogando. Após o salvamento, eles receberam a informação que o padrasto do jovem também havia entrada na água e desapareceu.
Houve buscas por terra e com apoio do helicóptero, mas o homem de 26 anos, não havia sido localizado até às 21h. Ele é morador de Cidreira.
Em Imbé, um idoso de 89 anos estava na beira do mar próximo à guarita 133, quando passou mal. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), os guarda-vidas perceberam o homem caído e prestaram os primeiros socorros junto com a equipe do SAMU.
Ele chegou a ser encaminhado para o pronto atendimento médico, mas não resistiu. Segundo os bombeiros, a suspeita é que o idoso, morador da cidade de Parobé, tenha sofrido algum problema cardiovascular e o caso não é considerado como afogamento.
O coordenador operacional da Operação Verão do CBMRS, major Isandré Antunes, destacou que essas duas ocorrências de maior gravidade ocorreram em um dia com 60% menos ações dos guarda-vidas que no Natal de 2019. Ao longo desta sexta-feira, seis salvamentos foram realizados em todo o Litoral Norte.
O oficial salientou que a guarita 181, onde um jovem foi resgatado em Cidreira e seu padrasto desapareceu no mar ainda está desativada. “Nem todos os postos estão com a presença de guarda-vidas. Estamos ainda em formação de guarda-vidas, que termina dia 30 de dezembro. Ainda temos guaritas que não estão completamente instaladas porque as prefeituras estão terminando de restaurá-las”, alertou o major Antunes.
O oficial pede ainda que as pessoas que frequentam as praias de mar ou de águas internas estejam atentas às sinalizações de áreas seguras para banho. Desde o verão passado, o CBMRS utiliza bandeiras com as cores vermelha e amarela para demarcar os locais adequados para entrar na água e sob a visão dos guarda-vidas.
O banho deve ocorrer entre as duas sinalizações onde está escrito “Banho seguro, entre bandeiras”. Em um dia de bandeira vermelha, com esta sexta-feira, por exemplo, cada uma fica posicionada a 50 metros para cada lado da guarita em operação.
“Dentro da água, o distanciamento não é adequado para o serviço de guarda-vidas, porque quanto mais distantes as pessoas ficarem, inclusive se distanciando da margem da faixa de areia em direção ao mar, fica mais complicada a atuação do guarda-vidas, se precisar fazer um resgate mais complexo. Então, nós temos uma paradoxo aí, na faixa de areia distanciamento, no mar a orientação é ficar entre as bandeiras”, explicou o major.
