Governo do RS envia PMs a Brasília e trabalha para identificar gaúchos envolvidos em atos antidemocráticos

"Trabalhamos para dar consequência a quem tenha praticado atos criminosos que precisam ser punidos", disse Leite

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Efetivo reforçará segurança pública na capital federal. Foto: Ascom / BM

Um grupo de 73 policiais militares do Rio Grande do Sul embarcou no fim da tarde desta terça-feira (10) para Brasília. Eles reforçarão o efetivo de segurança pública no Distrito Federal, que esta sob intervenção federal desde o último domingo (08), após ataques antidemocráticos aos prédios dos Três Poderes.

O efetivo do Comando de Polícia de Choque (CPChq) conta com PMs lotados nos batalhões de Porto Alegre (1º BPChq), Passo Fundo (3º BPChq) e Uruguaiana (6º BPChq). Eles embarcaram para Brasília às 19h, em voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que partiu do Aeroporto Salgado Filho.

Os policiais ficarão à disposição do Ministério da Justiça e Segurança Pública até 31 de janeiro, período de duração da intervenção federal na segurança pública do DF. Além do Rio Grande do Sul, participam da missão policiais militares de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Goiás, do Maranhão, do Piauí e do Rio Grande do Norte. Eles serão empregados na Força Nacional de Segurança Pública, a fim de garantir a ordem pública em Brasília.

Na manhã desta terça, os agentes participaram de instrução e nivelamento nas dependências do 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq), no bairro Partenon, em Porto Alegre. Durante a tarde, o contingente se reuniu com o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli, e com o subcomandante-geral da BM, coronel Douglas Soares, no Quartel do Comando-Geral da BM, no centro da capital.

A medida havia sido anunciada mais cedo, em reunião do Gabinete de Crise, criado pelo Governo do Estado para monitorar atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul. Durante o encontro, coordenado pelo governador Eduardo Leite e com participação de forças de segurança e de órgãos de controle estaduais e federais, houve a atualização e o alinhamento das informações sobre as movimentações no Estado e as ações de monitoramento e investigação tomadas em relação aos atos que atentam contra a democracia.

“Estamos comprometidos com a proteção da capital federal, que é a capital de todos os brasileiros e a sede das instituições que são o alicerce da nossa democracia. Todos temos responsabilidade na defesa das instituições e inclusive do patrimônio público lá estabelecido”, afirmou o governador.

Reunião do Gabinete de Crise, nesta terça (10). Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

Em outra frente, a Polícia Civil (PC) trabalha nos inquéritos que investigam pessoas que financiaram e atuaram nos crimes contra a democracia praticados no Rio Grande do Sul. A previsão é de que o inquérito seja concluído até o início de fevereiro.

O órgão também atua em colaboração com a Polícia Federal (PF) na identificação de pessoas que se deslocaram do Rio Grande do Sul para Brasília nos dias anteriores aos atentados e que possam ter participado dos atos. Os inquéritos serão remetidos ao Ministério Público nas esferas estadual e federal.

O governador reforçou que as forças de segurança estão prontas para agir de forma rápida diante de qualquer ato contra a democracia e que os setores de inteligência das polícias estão atentos e atuando em sinergia para garantir a lei e a ordem constitucional no Rio Grande do Sul.

“Não há como termos repressão policial em absolutamente todos os pontos sensíveis. Por isso, a inteligência está monitorando e detectando onde podem ocorrer novos atos. Em outra frente, trabalhamos para dar consequência a quem tenha praticado atos criminosos que precisam ser punidos”, enfatizou.

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