Para a alegria de uns e tristeza de outros, neste ano, o horário de verão poderá ser adotado em todo o país, caso esta seja a decisão do governo federal. A medida ainda está sendo estudada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), agora com mais força, uma vez que faltam poucos meses para a estação mais quente do ano iniciar.
Em nota encaminhada ao Litoral na Rede, o MME informou que, do ponto de vista técnico, tem conduzido análises ordinárias sobre a pertinência ou não da adoção do horário de verão. “Com o relevante crescimento da micro e minigeração distribuída, percebeu-se um retorno do período de ponta para a noite, que tenderia a se reduzir com a adoção da política”, diz a pasta.
“Outros efeitos precisam ser considerados, como aumento de consumo em determinados horários do dia e as condições energéticas do Sistema Interligado Nacional”, informou a assessoria de imprensa da pasta ao portal de notícias.
Em novembro de 2022, após eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, usou suas redes sociais para questionar seus seguidores sobre o tema. “Governo que consulta a população. O que vocês acham da volta do horário de verão?”, questionou ele. A grande maioria (66,2%) foi a favor da volta do horário de verão, enquanto 33,8% manifestaram-se contrários. 2,3 milhões de pessoas votaram.
O fim do horário de verão começou a ser estudado pelo governo de Michel Temer, mas foi o ex-presidente presidente Jair Bolsonaro, em 2019, que suspendeu a medida em todo o país.
O horário de verão significa adiantar o relógio em uma hora, com o objetivo de evitar, nos meses de maior calor e maior duração da luz do sol, sobrecarga do sistema de energia elétrica nos horários de pico.
Foi em 1931 que o horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil. A medida vigorou até março de 1932. Nos verões seguintes, ocorreu em alguns períodos: entre 1949 e 1953; de 1963 a 1968; e, por fim, entre 1985 e 2019.