Governo anuncia retorno das promoções na carreira do magistério

Medida beneficiará mais de 23 mil professores e cerca de 200 especialistas em educação; Cpers pede atenção e cautela

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Imagem meramente ilustrativa. Foto: Joana Berwanger/CPERS

O governador Eduardo Leite anunciou, nesta terça-feira (15), a retomada das promoções na carreira do magistério, algo que não ocorria há uma década. As últimas vezes que ocorreram, foi entre 2013 e 2014, na gestão de Tarso Genro, do PT.

Conforme o governo, serão beneficiados mais de 23 mil professores e cerca de 200 especialistas em educação. A previsão é de que 81% dos professores que cumpriam os requisitos legais possam ser promovidos. Para concorrer, é preciso ser servidor efetivo da Rede Estadual, ter concluído o estágio probatório e possuir interstício mínimo de três anos de serviço na classe atual da categoria.

As promoções serão realizadas em duas etapas: a primeira metade dos servidores será promovida em 2025; a segunda, em 2026. Com isso, o governo estima um impacto financeiro de R$ 19,1 milhões em 2025 e R$ 61,5 milhões em 2026. O processo de avaliação levará em consideração critérios de antiguidade e merecimento, conforme as regras estabelecidas pela Lei N.º 6.672/74 e suas alterações.

“O governo reitera e renova o seu compromisso com os educadores. A nossa gestão foi responsável por colocar os salários em dia, reestruturar a carreira do magistério (pagando o piso nacional), e reajustar o valor do vale-alimentação, entre outras medidas em benefício dos professores”, afirmou Eduardo Leite.

O Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) pediu atenção e cautela. Em nota publicada nas redes sociais, a entidade diz que a luta pelo retorno das promoções é uma pauta constante nas mobilizações da categoria nos últimos 10 anos.

“Reconhecemos toda e qualquer iniciativa que venha para valorizar as (os) educadoras (es), mas reforçamos que o governo Leite (PSDB) e sua base aliada na Assembleia Legislativa têm o péssimo costume de dar com uma mão e retirar com a outra”, diz o Cpers.

O sindicato informa que aguarda a publicação do decreto e ressalta que “mais uma vez, a iniciativa do governador de valorização da educação beneficia somente educadoras (es) da ativa e, novamente, exclui funcionárias (os) de escola e aposentadas(os) que, nestes mesmos 10 anos, receberam míseros 6% de reajuste” declarou a entidade, afirmando que seguirá lutando pela Revisão Geral.

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