Governo anuncia pagamento de dívidas com dois hospitais da região

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Cerca de 50 hospitais filantrópicos, públicos e santas casas do Rio Grande do Sul começaram a receber, nessa segunda-feira (20), mais R$ 200 milhões referentes a repasses de incentivos estaduais pendentes. Entre as instituições beneficiadas estão o Hospital Santa Luzia, de Capão da Canoa, e o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, de Torres.

Com a medida, o governo do Estado afirma liquidar as dívidas com todas instituições de saúde do Rio Grande do Sul, que somavam R$ 276 milhões desde 2016. O anúncio ocorreu em solenidade no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini.

A dívida com 216 hospitais começou a ser paga em janeiro deste ano, priorizando quem presta atendimento pelo SUS. Foi feito o repasse total de R$ 76 milhões para 167 instituições.

A partir de agora, outras 49 com dívidas acima de R$ 800 mil terão acesso aos recursos. O pagamento foi possível graças a uma linha de crédito obtida no Fundo de Apoio Financeiro e de Recuperação dos Hospitais Privados sem Fins Lucrativos (Funafir), a ser pago pelo governo em 18 parcelas até novembro de 2018.

O secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, apresentou os números do orçamento mensal da área, que conta com R$ 168 milhões para honrar com os 12% a serem cumpridos por lei para repasse aos municípios. Conforme Gabbardo, a cota mensal atualmente é consumida com compromissos assumidos por gestões anteriores, somando cerca de R$ 220 milhões – o que resulta em mais despesa do que receita.

“Não temos como diminuir os compromissos, mas esperamos que os hospitais fechados por conta de atrasos voltem a abrir e atender a população. Mensalmente temos que escolher o que priorizar, segundo a disponibilidade, e isso gera dívidas”, avaliou Gabbardo.

O presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Estado, André Emílio Lagemann, agradeceu o esforço das secretarias da Saúde e da Fazenda para regularizar as pendências. “A crise, que também nos atinge, exige malabarismos. Estamos fazendo os ajustes possíveis e olhamos para frente para construir alternativas conjuntamente”, disse.

*Com informações do site do Governo do Estado

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