Chega a três o número de cães encontrados mortos, em um período de aproximadamente três meses, no Centro de Cidreira. Dois deles moravam com Olavo Silva dos Santos, dono de um bar da região.
Quando encontrados, os três animais apresentavam algo em comum: sinais de mutilação pelo corpo.
A primeira morte
Thor era da raça Akita. Costumava dar uma volta na praia, tomar um banho no mar e voltar sozinho para casa. Certa noite, Olavo se deu conta de que o cachorro ainda não havia chegado do passeio de rotina. Ao sair à procura, encontrou o corpo de seu companheiro já sem vida e com marcas de cortes pelo corpo.
Apesar da tristeza tomar conta com a perda, Olavo abriu o coração para adotar um cão de rua, que ganhou o nome de Alemão.
O pesadelo se repete
Olavo relembra que foi trabalhando no bar que teve contato com Alemão. De tanto que passava pelo comércio, o cachorro já podia ser considerado “parte da freguesia”.
Como era de rua, Alemão tinha mais liberdade para ficar circulando sozinho pela cidade e pela praia. Mesmo assim, não esquecia de voltar para casa e ficar dentro do pátio. Só que um dia isso não aconteceu.
Uma funcionária do bar ligou para Olavo avisando que havia encontrado Alemão morto e, assim como foi com Thor, com marcas de mutilação.
“A gente cria os nossos bichinhos com carinho. Eu sou cachorreiro, brinco e converso com eles na rua. Dou comidinha. Quando acontece uma coisa dessas a gente se sente impotente”, comenta Olavo para a equipe de reportagem do Litoral na Rede.
“Não consigo imaginar como um ser humano é capaz de fazer uma coisa dessas”, desabafa.
O terceiro caso em Cidreira
Nesta quarta-feira (07), uma fêmea foi encontrada debilitada em uma rua do Centro de Cidreira, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O laudo clínico do animal apontou que ela “estava cheia de lesões de pele provavelmente provocadas por material perfurocortante” (por exemplo: faca, canivete, tesoura etc).
Um boletim de ocorrência foi registrado pela presidente da ONG Pega Bicho. Com isso, o caso passa a ser de conhecimento dos órgãos de segurança.
Vera Lucia Casaril Souza espera que as mortes sejam investigadas e que a justiça seja feita.