
O sumiço de um feto foi constatado no fim da tarde dessa quarta-feira (25) no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa. Um agente funerário chegou à instituição para retirar o natimorto para sepultamento, a partir de solicitação da Secretaria Municipal de Assistência Social, mas o feto não foi localizado.
Conforme a Secretaria de Assistência Social, a família do bebê solicitou o benefício eventual para funerária. “Por volta das 18:08 recebemos questionamentos se sabíamos de algo sobre o desaparecimento deste natimorto. Ao contatar com a funerária que o município tem o convênio confirmou que ao fazer este serviço não encontraram o natimorto e o hospital estava averiguando a situação”, informou a pasta em nota enviada ao Litoral na Rede.
Ainda na quarta-feira, a Brigada Militar foi acionada e o caso registrado na Delegacia de Polícia de Capão da Capão da Canoa.
No início da tarde desta quinta-feira (26), a direção do Hospital Santa Luzia, a pedido do Litoral na Rede, emitiu uma nota oficial sobre o caso. De acordo a instituição, “houve uma falha operacional, que culminou no encaminhamento do feto de maneira incorreta em conjunto com outros resíduos biológicos do hospital que são levados para incineração”.
O Hospital informou ainda que medidas administrativas de correção dos procedimentos operacionais, bem como de suporte à família, estão em curso. Conforme a nota, a mãe do natimorto chegou à instituição na última segunda-feira (23), com 23 semanas de gestação e foi constatada a ausência de batimentos cardíacos e a morte do feto. O procedimento realizado no dia seguinte.
Veja na íntegra a nota do Hospital Santa Luzia, assinada pelo gerente executivo Samuel Meoti e pelo diretor executivo de Saúde Complementar da Aesc, mantenedora da instituição, Maximiliano das Chagas Marques
“O Hospital Santa Luzia, de Capão da Canoa, esclarece que, na segunda-feira (23/08), uma paciente com 23 semanas de gestação chegou para avaliação obstétrica, e foi observado através de ecografia a ausência de batimentos do coração do feto (morte fetal). Com a paciente e os familiares cientes do fato, houve o encaminhamento para procedimento no dia seguinte. Após a retirada do feto, ocorreu a confirmação de má formação (higroma cístico), como causa do óbito.
Todo o processo assistencial e de acolhida à mãe, feto e família foi conduzido adequadamente, preservada a vida da paciente, e, de modo humanizado, realizada a remoção do feto morto.
No entanto, no seguimento dos procedimentos legais, na quarta-feira (25/8), houve uma falha operacional, que culminou no encaminhamento do feto de maneira incorreta em conjunto com outros resíduos biológicos do hospital que são levados para incineração.
Medidas administrativas de correção dos procedimentos operacionais, bem como de suporte à família, estão em curso.
A Direção do Hospital Santa Luzia lamenta profundamente o fato ocorrido e se solidariza com a família neste momento de dor. Ressaltamos que o hospital é referência regional para o atendimento às gestantes, realizando 1.400 partos anualmente, além de procedimentos ginecológicos e obstétricos, todos conduzidos com segurança assistencial, proteção à vida, e seguimento dos ritos legais.”
Veja na íntegra nota da Secretaria Municipal de Assistência Social
“A família solicitou o benefício eventual para funerária, contudo por volta das 18:08 recebemos questionamentos se sabíamos de algo sobre o desaparecimento deste natimorto. Ao contatar com a funerária que o município tem o convênio confirmou que ao fazer este serviço não encontraram o natimorto e o hospital estava averiguando a situação. Frente a isso, foi tomado as providências legais através do registro junto as autoridades competentes que estão apurando os fatos.”
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