Explosões de bancos no Litoral: mesma quadrilha teria cometido todos os crimes

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O Litoral Norte entrou definitivamente na rota dos criminosos especializados em explodir caixas eletrônicos e a suspeita dos investigadores da Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil é de que a mesma quadrilha tenha agido quatro vezes na região desde o mês de agosto.

O último ataque foi na madrugada desse sábado na agência do Banrisul de Capão Novo, em Capão da Canoa. Os bandidos chegaram atirando para intimidar os moradores e até mesmo a Polícia e explodiram um dos caixas eletrônicos. Depois de retirar todo o dinheiro que havia no equipamento eles incendiaram um carro roubado usado na ação a algumas quadras do local e fugiram. O mesmo banco teve os caixas detonados por bombas no dia 10 de agosto. No dia 12 de setembro, os assaltantes usaram os explosivos em ataques contra agências do Banrisul e do Bradesco, no centro de Xangri-lá.

Em todos os casos eles conseguiram roubar o dinheiro dos caixas eletrônicos. “Provavelmente são altamente especializados em usar explosivos, porque as ações foram cirúrgicas para abrir os caixas e retirar os valores”, disse o delegado Joel Wagner, do DEIC. O policial explica que as ações em Capão Novo e Xangri-lá foram muito semelhantes, destacando que nos dois últimos roubos os carros foram incendiados. “Os tipos de armas empregados também são idênticos: eles usavam espingarda calibre 12, fuzil calibre 223 e pistola nove milímetros”,  explicou Wagner.

Cápsulas deflagradas das armas da quadrilha foram recolhidas no entorno de todos os bancos atacados. A suspeita da Polícia é que o grupo que cometeu os crimes no Litoral Norte seja da Grande Porto Alegre, mas pode ter integrantes da região. “É provável que eles venham de fora, mas a escolha pelo Litoral é um indício de que os criminosos têm uma base e apoio logístico na região”, conclui o delegado Joel Wagner.

No dia 20 de agosto, após a primeira explosão, moradores e frequentadores de Capão Novo se mobilizaram e pediram mais segurança em uma manifestação pacífica em frente ao posto da Brigada Militar, desativado por falta de efetivo policial.

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