Expectativa de vida no Litoral Norte aumenta 1,5 ano em uma década

Segundo estudo do Departamento de Economia Estatística, apesar do crescimento, região ainda tem expectativa abaixo da média do RS

Compartilhe

Imagem meramente ilustrativa

A expectativa de vida ao nascer no Litoral Norte do Rio Grande do Sul aumentou de 75,45 anos, entre 2010 e 2012, para 76,96 anos, entre 2018 e 2020. A projeção é de um estudo divulgado nesta terça-feira (26) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. Apesar do crescimento de um ano e meio, a expectativa na região ainda está abaixo da média do Estado, que chegou a 77,45 anos.

Em comparação com 2019, o RS teve um aumento de 0,19 ano. Já no Litoral Norte, o crescimento foi de 0,15 ano. Apesar da alta, os números de 2020 já mostram o impacto da Covid-19 entre as principais causas de mortes, com um total de 9.241 óbitos registrados pela doença, o que representou 10% do número total de mortes no ano (92.791). Sem considerar a pandemia, a expectativa de vida da população gaúcha ao nascer chegaria a 78,48 anos em 2020.

O estudo “Indicadores de mortalidade para o Rio Grande do Sul e seus Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) — 2010-20” mostra a manutenção da diferença de mais de sete anos na expectativa de vida de homens e mulheres no Estado. Enquanto para a população feminina a expectativa chega a 80,99 anos, para a masculina é de 73,87 anos.

Veja o avanço da expectativa de vida no Litoral Norte

  • 201o/2012: 75,45 anos
  • 2011/2013: 75,16 anos
  • 2012/2014: 75,52 anos
  • 2013/2015: 76,02 anos
  • 2014/2016: 76,19 anos
  • 2015/2017: 76,05 anos
  • 2016/2018: 76,22 anos
  • 2017/2019: 76,81 anos
  • 2018/2020: 76,96 anos

Principais causas de morte

Entre as principais causas de mortes no RS em 2020, as doenças do aparelho circulatório (22,7%) continuaram em primeiro lugar, seguidas das neoplasias (câncer), com 20,7%. As doenças infecciosas e parasitárias, categoria na qual se inclui a Covid-19, saltaram do nono lugar em 2019 para o terceiro lugar no ranking de 2020 (13,5%), com as doenças do aparelho respiratório (8,6%) na quarta posição.

A população masculina registrou maior número de mortes em relação às mulheres entre as quatro principais causas, mas a maior diferença entre os sexos é encontrada nas mortes por causas externas, quinta no ranking geral no Estado, em que os homens morrem 3,72 vezes mais do que as mulheres.

Em relação a 2010, primeiro ano avaliado no estudo, a expectativa da população do RS subiu 1,86 ano, passando dos 75,59 anos para os atuais 77,45. A diferença entre os sexos manteve diferença acima dos sete anos ao longo de todo o período, passando de 7,49 anos em 2010 para os 7,12 de 2020.

Quanto aos números da população gaúcha, em 2020 o Rio Grande do Sul contava com 11.422.973 habitantes, um aumento de 508.178 pessoas na comparação com 2010. Em uma década, o percentual de pessoas com 60 anos ou mais no Estado aumentou de 13,6% em 2010 para 18,8% em 2020. Na outra ponta da faixa populacional, o percentual de pessoas entre zero e 14 anos no RS caiu de 21,4% para 18,2%, uma redução de 257.561 pessoas. Na faixa de 15 a 59 anos, o percentual passou de 65,1% para 63,1%.

O estudo, elaborado pela pela pesquisadora Marilene Dias Bandeira, analisou dados do DEE, do Departamento de Informática do SUS (DataSUS) – vinculado ao Ministério da Saúde, e da Secretaria de Saúde do RS.

Compartilhe

Postagens Relacionadas