Estudante do Litoral Norte vence Prêmio Jovem Cientista 2017

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Maria Eduarda com a orientadora da pesquisa. Foto: Gabriela Morel / Colaboração

Aos 18 anos, Maria Eduarda Santos de Almeida já coleciona prêmios nacionais e internacionais por pesquisas científicas realizadas durante o curso técnico que realizou no campus de Osório do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Em maio, ela foi premiada na Feira Internacional de Ciência e Engenharia (Intel ISEF) realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na semana passada, a estudante recebeu o Prêmio Jovem Cientista da Assembleia Legislativa.

O reconhecimento foi por uma pesquisa realizada entre 2016 e 2017, em que Maria Eduarda descobriu que a aroreira-vermelha é capaz de evitar a proliferação de pinus invasora, uma árvore que piora a qualidade do solo, reduz a quantidade de água no lençol freático e inibe o crescimento de plantas nativas. A partir daí, desenvolveu um extrato capaz de matar o pinus. O trabalho foi realizado com orientação da professora Flávia Pinto, do IFRS, no laboratório da Fepagro de Maquiné.

A jovem pesquisadora, moradora de Maquiné, é neta de agricultores e conta que o convívio com a natureza a tornou preocupada com o meio ambiente. “É uma região de mata atlântica e sempre me inspirei no meu avô que tinha preocupação em preservar a mata”, disse Maria Eduarda ao Litoral na Rede. A estudante concluiu o curso Técnico em Administração no Instituto Federal, onde decidiu durante os estudos atuar na área de pesquisa.

Estudante recebeu prêmio do presidente da Assembleia, Edegar Pretto. Foto: Ronaldo Quadrado Gomes / Colaboração

Sobre os prêmios recebidos, a estudante faz questão de destacar a oportunidade que teve no IFRS, o apoio e a qualificação dos professores da instituição. “O reconhecimento é muito importante para estudantes e escolas, porque coloca o estudante como protagonista, faz com que a gente se sinta capaz de solucionar problemas da nossa comunidade”, salientou.

Agora, Maria Eduarda vai enfrentar mais um desafio internacional. Ela está em um seleto grupo de estudantes de todo o mundo (com apenas cinco brasileiros), selecionados para um estágio de um mês em um dos mais importantes laboratórios de ciências do planeta. No dia 01 de julho, ela parte do Litoral para a cidade de Rehovot, em Israel, onde estará com pesquisadores do Weizmann Institute of Science.

Em meio ao merecido reconhecimento a jovem cientista faz planos para o futuro, pensa em ingressar na faculdade no ano que vem e seguir carreira na área de genética. “Eu quero muito ser uma cientista. Não era o que eu imaginava quando era pequena, mas depois desta pesquisa eu fiquei muito motivada”, disse Maria Eduarda.

 

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