Estrada ou queijo suíço? Buracos tiram a paciência e danificam carros na Interpraias

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“Não é buraco. Aquilo é um cupim, um cupim virado ao contrário. A coisa é danada.” – o desabafo é do pescador Elói Tadeu Pereira, que circula diariamente no trecho da Interpraias, que passa pelos municípios de Balneário Pinhal, Cidreira e Tramandaí. É uma das partes mais deterioradas das rodovias estaduais do Litoral Norte. A aposentada Ignes Bonin, moradora de Balneário Pinhal, conta que, em seis meses, precisou fazer geometria duas vezes no carro danificado pelas irregularidades do pavimento.  “Tá péssimo, horrível, cheio de buracos”, avalia ela.

O superintendente regional do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), engenheiro Nelson Haeser, explica a dificuldade de manutenção deste trecho da ERS-786: “Ela está inserida em uma malha urbana, com muita interferência das cidades e intensificação do tráfego”.  O problema é antigo e parece estar longe de uma solução. O mecânico Zico Telles, que também mora na região, afirma que até caminhões sofrem danos com as más condições das rodovias e reclama do descaso do governo do Estado, principalmente no período de baixa temporada: “Aí no verão vem pra cá com tudo, vem tapar buracos. Não adianta.”

A equipe do Litoral na Rede foi ver de perto a situação, encarou a buraqueira para ouvir as reivindicações de quem convive diariamente com o descaso.

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