Estação de observação registra chuva de meteoros no Litoral Norte

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Chuva de meteoros foi registrada pela Estação da BRAMON em Torres. Foto: Gabriel Zaparolli

A estação da BRAMON (Brazilian Meteor Observation Network) instalada na cidade de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, registrou na madrugada desta quarta-feira (22) a chuva de meteoros líridas.  O auge da queda dos meteoros começou a meia-noite, conforme o estudante e fotógrafo Gabriel Zaparolli, responsável pela estação que realizou os registros (veja o vídeo no fim da reportagem).

Zaparolli destacou que as imagens são capturas automaticamente pelo sistema de observação, acionado a cada queda de meteoro. O fenômeno pode ser visto todos os anos de 14 a 30 de abril, entre a noite e o amanhecer, sendo que seu pico normalmente ocorre na madrugada do dia 22.

O astrofísico José Eduardo Costa, Doutor e professor do Departamento de Astronomia do Instituto de Física de UFRGS, explica que os meteoros líridas ganharam este nome porque vem da região da Constelação de Lira, localizada no Hemisfério Norte. “Eles tem como origem uma posição próxima à Estrela Vega, que é a estrela mais brilhante da Constelação de Lira”, detalhou o professor.

Costa esclarece ainda que os meteoros líridas são partículas do Cometa Thatcher, que se soltam quando ele se aproxima do sol. “O fluxo de radiação do sol faz com o cometa desprenda partículas de gás e poeira. Quando a terra cruza esse rastro, essas partículas entram na atmosfera e a gente tem a chuva de meteoros”, disse o especialista.

Os meteoros líridas não são os mais luminosos. Segundo o professor da UFRGS, eles têm uma magnitude de aproximadamente 2.4, com brilho médio. O pesquisador também destaca que como se trata de uma chuva de meteoros proveniente da uma constelação do Hemisfério Norte, ela pode ser vista melhor quanto mais ao norte do globo terrestre.

Veja o vídeo

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