
Os salários das equipes de socorro do SAMU de Imbé estavam atrasados e o contrato com a empresa Futura Saúde para contratar os profissionais venceu no último sábado (16). A Prefeitura decidiu não fazer a renovação e a ambulância de suporte básico que opera na cidade está parada no estacionamento. O serviço que atende aproximadamente 100 chamados por mês só deve ser normalizado durante o mês de outubro.
O secretário municipal da Saúde, Tierres da Rosa, garantiu que não há prejuízos à população que segue sendo atendida pela base do SAMU de Tramandaí, que conta com duas ambulâncias. “A ambulância do município, que fica no posto de saúde, também poderá ser usada”, explicou ao Litoral na Rede. De acordo com a Prefeitura de Imbé, o contrato com a Futura Saúde foi encerrado porque era emergencial e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) teria emitido uma orientação para que não fosse renovado.
O que muitos moradores da cidade se perguntam é porque a Prefeitura deixou a situação chegar ao ponto de precisar fechar a base do SAMU. O Litoral na Rede foi em busca dessa informação e questionou o secretário Tierres da Rosa. Ele explicou que houve uma tentativa de licitação para contratar uma empresa terceirizada para o serviço, que ficou parada devido a ações judicias movidas pelos concorrentes.
“Agora nós estamos fazendo o processo seletivo dos socorristas, que deveríamos ter feito em dezembro do ano passado, mas vamos regularizar esta situação”, afirmou Tierres. As inscrições para esta seleção começaram nesta segunda-feira (18) e devem ser contratados 12 profissionais para o SAMU: um enfermeiro, cinco técnicos de enfermagem e cinco condutores de ambulância.
Segundo a Secretaria da Saúde de Imbé, a mudança também deve garantir uma economia superior a R$100 mil por ano. A segunda ambulância do SAMU no município, uma unidade de suporte avançado que operaria com médico, não deve entrar em funcionamento porque não foi credenciada pelos governos federal e estadual devido a proximidade com Tramandaí, que conta com médico na equipe.