
Nos últimos dias, manchas escuras têm sido vistas na beira da praia em algumas cidades do Litoral Norte, especialmente em Balneário Pinhal. A bióloga Aimée Siqueira, da Secretaria do Meio Ambiente do município, analisou o fenômeno e informou que não se trata de óleo.
Segundo a especialista, o que provocou as manchas escuras na areia foi o afloramento da lama lagunar, ou seja, é a mesma lama encontrada no fundo das lagoas. Ela explica que esse material é formado por silte (minúsculos fragmentos de rocha) e argila. A conclusão é de análise conjunta com técnicos do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Celimar/ UFRGS) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Os profissionais explicaram ainda que essa lama não é tóxica e não oferece risco de contaminação para nenhum ser vivo. “Em dias de mar mais agitado, as ondas vão removendo a areia que vimos na beira da praia e acaba expondo essa lama que compõe o fundo tanto das lagoas quanto do mar”, relata Aimée Siqueira, bióloga da Secretaria do Meio Ambiente.
Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, as machas diminuíram bastante na orla, sendo que na manhã desta quarta-feira (04) ainda havia alguns fragmentos espalhados na areia.

Para entender
Há milhões de anos, as lagoas costeiras não eram separadas do mar, pelo contrário, elas avançavam até onde hoje está o mar. Posteriormente, o mar foi recuando, o vento removeu areia do oceano e transportou para o continente. Assim, formou-se o cordão de dunas que dividiu oceano e lagoas. Consequentemente, o fundo das lagoas e do oceano é o mesmo e é formado por essa lama misturada com areia.
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