Empresas e poder público se unem para “limpar postes” de cidades do Litoral

Viu Internet ampliou contato com prefeituras e demais operadoras de banda larga e telefonia da região para remoção e organização de fios

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Reunião ocorreu na última quinta-feira em Imbé. Foto: Reginaldo Leal / Prefeitura de Imbé

A integração entre empresas de internet e telefonia e prefeituras do Litoral Norte do Rio Grande do Sul deve reduzir a poluição visual e os riscos relacionados a fios da rede aérea soltos em vias públicas. Nesta semana, representantes da iniciativa privada se reuniram com autoridades de Imbé.

A InternetSul – Associação dos Provedores de Internet do Sul – promove a campanha “Poste Limpo”, uma ação voltada à conscientização das empresas do setor sobre as melhores práticas no compartilhamento de postes junto às concessionárias de energia para distribuição do cabeamento nas cidades. No Litoral Norte, a Viu Internet, que atua com foco exclusivo na região, tem liderado este movimento.

O Head de Tecnologia e Operações da Viu Internet, Rogério Rigon, explica que já foram contatadas prefeituras e outras empresas do segmento de internet e telefonia de Imbé, Osório e Xangri-Lá. Em Tramandaí, os mutirões já retiraram toneladas de cabos obsoletos dos postes.

“Por sermos uma empresa que atua 100% no Litoral, fica mais fácil poder trabalhar com a Equatorial (distribuidora de energia) e com outras empresas que estão aqui pra poder ajudar a comunidade e as prefeituras com esse problema que é tão recorrente”, disse Rigon. “A nossa ideia é realizar, junto com as prefeituras, essa ‘higienização’. E todos esses cabos que estão abaloados, que são os futuros causadores de acidentes, nós vamos cortar”, complementou.

Foto: Reginaldo Leal / Prefeitura de Imbé

O gerente de redes da Viu Internet, Sandro Dahmer, explica que “manter as instalações de fibras ópticas organizadas nos postes de energia é fundamental para garantir uma conexão confiável e eficiente”.

Ele também aponta que se trata de uma medida de segurança. “Cabos soltos ou desorganizados representam riscos elevados de acidentes, como quedas ou choques elétricos. Uma organização adequada dos cabos ajuda a evitar esses perigos, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro tanto para os técnicos quanto para o público em geral”, destaca.

Reunião em Imbé

Integrantes do governo municipal de Imbé e de empresas de internet, telefonia e energia elétrica reuniram-se na quinta-feira (21) para tratar de ações voltadas à adoção de práticas de conscientização quanto ao compartilhamento de postes que sustentam fios e cabos.

O secretário Elton Kieser, titular da pasta de Finanças e Planejamento Estratégico, explica que o fato de operadoras de telefonia e provedores de internet dividirem com a CEEE Grupo Equatorial um espaço dos milhares de postes espalhados pela cidade deixou cada vez mais evidente a necessidade de providências para a “higienização” das estruturas.

“Tivemos um encontro muito produtivo no ano passado dando início ao diálogo para buscar uma solução. Esse processo passa pelo levantamento de dados sobre unidades defeituosas e sua reparação, buscando a melhor qualidade do serviço e uma maior segurança para a população e trabalhadores que atuam nas redes de distribuição”, explica Elton.

Durante o encontro, realizado no auditório da Escola Municipal Tiradentes, no Centro, a prefeitura confirmou que irá notificar a CEEE Grupo Equatorial e informar o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) sobre as medidas que serão adotadas. O grupo de trabalho, formado por representantes de todos os segmentos presentes no encontro, organizará um “dia D” para a limpeza de postes em ruas e avenidas da cidade.

Para o prefeito Ique Vedovato, a prefeitura precisa atuar de maneira eficiente para combater um problema que, segundo ele, tem se tornado comum não somente em Imbé, mas na maioria das cidades brasileiras.

“A utilização dos postes por companhias de telecomunicações é regulamentada, mas o uso indevido e desordenado dessas estruturas acaba causando uma série de transtornos para todos, sem contar no aspecto visual. E isso acaba por expor quem circula pela cidade a riscos que podem ser evitados com a ação efetiva do poder público”, pontua.

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