Empresa de fachada instalada no Litoral aplicava golpes em todo o Brasil

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Fotos: Divulgação Polícia Civil

Agentes da Delegacia de Repressão ao Furto e Roubo de Cargas (DRFC) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) cumprem mandados de buscas e apreensão, nesta segunda-feira, no escritório e no depósito de uma empresa instalada em Capão da Canoa, que aplicava golpes em todo o Brasil. Segundo o delegado, Gustavo Bermudez, que coordena a Operação Antares, o falso negócio era registrado no nome de um andarilho que está preso na Penitenciária de Arroio dos Ratos, na região Carbonífera.

Para o delegado está claro que os dados do apenado que aparece como dono da empresa  foram utilizados indevidamente, inclusive com a confecção de documento falsos no nome do andarilho. Os policiais apreenderam documentos no escritório e grande quantidade de mercadorias, provenientes do esquema de estelionato, no depósito no bairro Santa Luzia.  A maioria dos produtos é de materiais de construção e o que foi localizado está avaliado em mais de R$ 300 mil.

Segundo a investigação, a empresa de fachada funcionava no Litoral Norte desde novembro e o número de empresários vítimas do golpe em todo o Brasil pode passar de 100. “Eles fizeram contatos com pelo menos 150 fornecedores, mas ainda não temos contabilizado quantos foram lesados pelos estelionatários”, explicou Bermudez ao Litoral na Rede. O esquema consistia na compra de mercadorias em nome da fachada, sem que o pagamento fosse efetuado aos fornecedores.

Também há indícios de que notas fiscais eram usadas para “esquentar” cargas roubadas no Rio Grande do Sul. Durante a operação do DEIC, um homem que estava no depósito foi preso por uso de documento falso. “Ele é do estado do Espírito Santo e portava um documento com o outro nome, de uma pessoa natural do município de Uruguaiana”, explicou o delegado.

Fotos: Divulgação Polícia Civil

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