Elefante-marinho descansa em terreno perto da praia em Capão da Canoa

Patrulha Ambiental e Ceclimar realizam o monitoramento do animal; veja o vídeo

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Elefante-marinho descansa em terreno perto da praia em Capão da Canoa. Foto: Derek Blaese / Ceclimar

Moradores de Capão da Canoa, foram surpreendidos com uma visita diferente nessa quinta-feira (03). Um elefante-marinho saiu do mar para descansar e foi além da faixa de areia. Parou em um terreno próximo à orla da praia Guarani.

A Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar do município do Litoral Norte recebeu um chamado no início da tarde relatando e a presença do animal. Os policiais seguiram para o local para verificar as condições do elefante-marinho e constataram que ele estava bem, apenas descansando.

“Orientamos a população que não devem se aproximar do animal, pois ele precisa descansar para retornar ao mar e seguir sua rota natural. Como é um animal que não é acostumado com a presença humana, ao se aproximar ele se agita”, orientou o comandante da Patram de Capão da Canoa, tenente Jeferson Zanini.

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A espécie Mirounga leonina, conhecida popularmente como elefante-marinho-do-sul ocorre ocasionalmente no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A frequência é muito menor, por exemplo, que a dos lobos-marinhos, mais vistos descansando nas praias da região nesta época do ano.

Conforme o portal Fauna Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os machos podem atingir até seis metros e mais de 3 mil quilos, enquanto as fêmeas medem até 3m e pesam no máximo 600Kg. Eles têm coloração prateada e se alimentam de peixes e lulas, mas ocasionalmente caçam focas e pinguins.

Animal é monitorado pelas equipes do Ceclimar e da Patram. Foto: Derek Blaese / Ceclimar

Na manhã desta sexta-feira (04) o médico veterinário Derek Blaese, do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da UFRGS esteve no local juto com os policiais ambientais. Segundo ele, o animal que parou para descansar em um terreno de Capão da Canoa é um macho jovem, com pouco mais de três metros de comprimento e não apresenta lesões.

O pesquisador complementa que são bem pontuais as aparições desta espécie na costa do Litoral Norte. “Há indícios de que em ano de El Niño [como o atual] temos uma leve variação das espécies de animais. A gente faz monitoramento sistemático na praia desde 2012 e nunca encontrou um elefante-marinho morto. Já tivemos ocorrências, mas são raras, e normalmente de animais não adultos e saudáveis”, apontou, reiterando a orientação para que as pessoas não se aproximem dos animais marinhos que descansam nas praias do Litoral Norte.

Veja também: Elefante-marinho nada na barra e descansa em quiosque na praia de Tramandaí

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