A Polícia Civil desarticulou, nesta quinta-feira (16), uma organização criminosa especializada em praticar crimes de receptação, adulteração de sinais identificadores de veículos e falsificação de documentos públicos. A operação teve oito presos em seis cidades do Rio Grande do Sul, duas delas no Litoral Norte.
Em Tramandaí e Imbé, os policiais prenderam dois homens preventivamente. De acordo com o delegado Rafael Liedtke, da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Roubo de Veículos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), eles eram os donos de uma fábrica clandestina de placas de veículos que funcionava na cidade de Alvorada, na Grande Porto Alegre.
Sobre o preso em Tramandaí, o delegado informou ao Litoral na Rede, que ele tinha papel relevante dentro do esquema. “Ele que solicitava ao funcionário de um CRVA (Centro de Registro de Veículos Automotores) as pesquisas. Ele também fazia o contato com as quadrilhas que roubam carros. As quadrilhas ligavam para ele para encomendar as placas”, detalhou Liedtke.
O policial salientou que a fábrica clandestina de placas foi alvo de outra ação policial há cerca de oito meses, resultando na investigação e na operação deflagrada hoje. Na ocasião, três funcionários tinham sido presos. “Os donos foram presos apenas agora, após a investigação”, contou o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, somente no mês de maio deste ano, 59 pares de placas foram falsificados na empresa clandestina. Cada par era vendido por R$ 600,00.
Outros envolvidos
Em Glorinha, um empresário foi preso. Segundo a Polícia, ele seria proprietário de uma estampadora de placas de sinalização veicular em Gravataí e é suspeito de desviar e repassar as chapas-base originais e ainda em branco das placas Mercosul aos demais integrantes da organização criminosa.
Agentes da Corregedoria-Geral do Detran efetuaram a suspensão cautelar das atividades da estampadora pelo prazo de até seis meses.
Na zona sul de Porto Alegre, os agentes, acompanhados de inspetores da Corregedoria-Geral do Detran, cumpriram um mandado judicial de busca e apreensão em um Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA). Eles também realizaram buscas na residência de um funcionário do estabelecimento.
