Após realizar o sequenciamento genético de 100 amostras positivas para covid-19, coletadas entre setembro e novembro em todas as regiões do Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou os dois primeiros casos da subvariante BQ.1 no Litoral Norte do Estado. A informação está em um documento divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), nessa segunda-feira (21).
O sequenciamento foi conduzido pela equipe de Vigilância Genômica do Cevs. Das amostras coletadas em novembro (57 do total), 70% delas deram positivo para BQ.1. Das amostras de outubro, 3% foram correspondentes a essa subvariante. Entre os casos confirmados da nova variante no RS estão amostras coletadas de um paciente de 44 anos, de Capão da Canoa, e de outro de 57 anos, de Santo Antônio da Patrulha.
Sublinhagem da variante ômicron, a BQ.1 tem mostrado uma elevada capacidade de transmissão comparada às outras sublinhagens do coronavírus circulando atualmente no Brasil. E tem sido relacionada a novas ondas de casos de covid-19 em diversos países da Europa e América do Norte.
“A rápida disseminação da BQ.1 e seu predomínio confirma o alerta emitido semanas atrás após a detecção do primeiro caso no Estado. Devido à maior transmissibilidade dessa subvariante, tem se observado um aumento dos casos de covid-19 em todo o território gaúcho”, disse o coordenador da Vigilância Genômica no Cevs, Richard Steiner Salvato.
Ele ressalta a importância de que a população busque a atualização do esquema vacinal com as doses de reforço para que não ocorra um aumento de casos graves e hospitalizações. A vacinação, vale lembrar, é a principal medida para conter os casos graves da doença.
Além disso, a população deve aumentar os cuidados nesse momento de maior circulação do vírus, por exemplo, fazendo o uso da máscara em ambientes de maior concentração de pessoas, reforçou.
O Cevs também elencou uma série de recomendações para frear uma possível disparada de contaminações. Confira:
– Atualização do status vacinal da população não vacinada ou com esquema vacinal incompleto para sua faixa etária;
– Uso de máscara por indivíduos imunocomprometidos, idosos e pessoas com comorbidades, em locais fechados ou pouco ventilados com grande concentração de pessoas, por serem mais suscetíveis a desenvolver casos graves quando infectados pelo coronavírus;
– Uso de máscara por indivíduos sintomáticos respiratórios para evitar a transmissão do quadro clínico, e de contactantes domiciliares assintomáticos de casos confirmados de covid-19;
– Uso de máscara por indivíduos que apresentarem sintomas compatíveis com síndrome gripal, os quais deverão procurar assistência médica para confirmação diagnóstica e monitoramento;
– Os casos confirmados de covid-19 deverão manter-se afastados por um período máximo de sete dias ou por cinco dias com teste negativo para o coronavírus;
– Intensificar a testagem, por meio do Teste Rápido de Antígeno, dos casos suspeitos de covid-19.
