Descarte de lixo: não adianta cobrarmos o poder público e não fazermos nossa parte

Flagrante mostra pessoas atirando sacos com resíduos em cidade do Litoral Norte; veja o vídeo

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Câmeras flagraram o momento em que pessoas despejam lixo em um córrego de Capão da Canoa. Imagem: reprodução redes sociais

As imagens abaixo, captadas por câmeras de monitoramento, na semana passada, circulam pelas redes e provocam aquele sentimento de revolta: três pessoas, indiferentes, despejando lixo em um córrego da Av. Valdomiro Cândido dos Reis, no bairro Parque Antártica, em Capão da Canoa, bem às margens da ERS-389 (Estrada do Mar). Um gesto simples, rápido, mas que carrega consequências que ninguém vê de imediato — mas que a natureza sente por anos.

Não é apenas o aspecto da cidade que fica desvalorizado a cada lata, garrafa ou resto de lixo que termina descartado irregularmente. É a consciência coletiva que parece ausente. Limpar, varrer, coletar, tentar educar… tudo isso parece em vão quando parte da população insiste em ignorar o básico: que cada resíduo jogado fora tem um impacto, e que a cidade é de todos.

O problema não é exclusivo de Capão da Canoa. Ao longo do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, córregos, ruas e praias se tornam depósitos de descarte irregular. E não é exagero dizer: o que vai para o chão, inevitavelmente chega aos rios e ao mar, prejudicando a fauna, o meio ambiente e, por fim, a própria população. Sem contar o problema causado no sistema de escoamento, uma vez que estes resíduos entopem bocas-de-lobo e ajudam a aumentar os alagamentos.

Enquanto houver descaso individual, a limpeza pública será sempre uma tarefa sem fim, uma luta diária contra quem não entende que cidadania não é apenas exigir serviços — é também fazer a sua parte. Cada garrafa, cada saco de lixo, cada papel que não deveria estar ali é um lembrete: cidade limpa não nasce da coleta, nasce da consciência.


Capão da Canoa, como tantas cidades do Litoral Norte, enfrenta uma escolha cotidiana: continuar repetindo velhos erros ou começar a valorizar o que se tem, antes que o próprio lixo conte a história do descuido.

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