Crianças que viram o pai morrer no Litoral perderam a mãe há menos de um mês

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Foto: Arquivo Pessoal

As meninas de cinco e nove anos que viram o pai morrer em meio a um tiroteio, na noite desta sexta-feira, em Terra de Areia, perderam a mãe, vítima de um infarto, no mês passado. Alexandre da Silva Machado, de 45 anos, levava as crianças para passar o final de semana na praia de Rondinha, quando parou o carro para atender a um telefonema. A família ficou entre bandidos e policiais em confronto, na avenida Alberto Pasqualine, no centro da cidade.

Machado morava em Gravataí, na região metrolitana de Porto Alegre, era aposentado porque sofreu um acidente de trabalho e perdeu uma perna. A deficiência pode ter feito com que ele demorasse a sair do veículo adaptado. Ele deixa cinco filhos. Segundo relato de familiares, quando percebeu o risco, o homem orientou as meninas a deitarem no banco traseiro do automóvel, o que evitou que elas também fossem atingidas.

De acordo com a Brigada Militar, três policiais foram atender a uma ocorrência de roubo a residência do proprietário de uma revenda de gás na rua 13 de abril. Ao chegarem no local, quatro bandidos correram e atiraram contra os brigadianos, que revidaram e os criminosos se esconderam atrás do carro em que Machado estava. No local, havia muitas capsulas de armas calibre 9 milímetros (de uso exclusivo das Forças Armadas) e 40 (de uso exclusivo da Polícia), no entanto, ainda não se sabe  quantos tiros acertaram a vítima e nem de que arma partiu.

A gravidade do crime causou medo e revolta em moradores de Terra de Areia e motivou o deslocamento de dezenas de brigadianos de outras cidades do Litoral para realizar buscas à quadrilha. Segundo testemunhas, eles fugiram em um Corolla, de cor branca. O local foi isolado para perícia e as armas dos três brigadianos envolvidos na ação foram apreendidas. O major Almeida, sub-comandante do 2° Batalhão de Áreas Turísticas de Capão da Canoa (BPAT) informou que as buscas pelos criminosos continuam neste sábado. Segundo o oficial, “o recolhimento das armas dos policiais é um procedimento normal, já que houve uma vítima devido ao tiroteio com os bandidos”.

Foto: Everton Dias / Rádio Ton

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