Coreia do Sul aprova projeto que proíbe consumo de carne de cachorro

Prática secular no país resulta no abatimento de pelo menos 1 milhão de animais por ano

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Foto: Ilustração / Pixabay

Uma assembleia liderada pelo parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta terça-feira (09), por unanimidade e de maneira inédita, um projeto de lei que proíbe o consumo de carne de cachorro no país, prática considerada secular no território sul-coreano.

A proposta, aceita com 208 votos a favor e nenhum contra, se transformará em lei depois de ser aprovada pelo Conselho de Ministros e ratificado pelo presidente Yoon Suk Yeol. O governo apoia a proibição.

De acordo com o texto do projeto, fica proibido o abate, a criação, o comércio e a venda desse tipo de carne para consumo humano a partir de 2027, punindo a prática com dois a três anos de prisão.

O tema vem causando polêmica no país. Parte do setor de pecuária da Coreia do Sul resiste à ideia, uma vez que a carne de cão é um alimento popular no país. Estima-se que até 1 milhão de animais são abatidos por ano.

O consumo, porém, tem diminuído à medida que os sul-coreanos passaram a ver os cães mais como companheiros do que como alimento. Pesquisas recentes indicam que a maioria dos habitantes do país asiático já aboliu a prática de comer carne de cachorro.

Outro ponto fundamental para a discussão do tema no país é o tabu criado entre as gerações mais jovens e a pressão dos ativistas animais em torno do tema. Em decorrência disso, a indústria de animais de estimação vem crescendo na Coreia do Sul, com cada vez mais famílias passando a viver com um cão em casa.

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