Coral-Verdadeira é encontrada no pátio de uma casa em Torres

Serpente é de uma das espécies mais tóxicas do Brasil e foi capturada por policiais ambientais

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Policiais ambientais capturaram serpente no pátio de uma casa em Torres. Foto: 1º BABM

Moradores de Torres foram surpreendidos por uma cobra-coral no pátio de casa nessa quarta-feira (28) e pediram auxílio da Patrulha Ambiental (Patram). A serpente é de uma das espécies mais tóxicas do Brasil: a Coral-Verdadeira.

O cobra foi encontrada no bairro São Jorge.  Com técnica adequada, os policiais do 1° Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM), conseguiram capturar o animal. Segundo a corporação, trata-se de um filhote.

A serpente foi avaliada e, depois, solta no Parque Estadual da Itapeva, seu habitat natural. “Todos os animais são importantes para o equilíbrio do meio ambiente, então se você se deparar com uma serpente, mantenha distância para a sua segurança e chame um órgão de proteção ambiental para que essa seja recolhida e reinserida em seu habitat natural”, orienta o 1ºBABM.

Veneno neurotóxico

A pedido do portal Litoral na Rede, a professora Camila Both, do Curso de Biologia Marinha do Campus Litoral Norte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), verificou as imagens divulgadas pelo 1º BABM. Ela confirmou tratar-se de um individuo jovem da espécie Coral-Verdadeira (Micrurus altirostris), comum no Rio Grande do Sul.

“As corais são as serpentes mais tóxicas que nós temos no Brasil. Ela pode, dependendo do tamanho do indivíduo e quanto veneno for injetado, levar a óbito em poucas horas, é um veneno neurotóxico”, explicou Camila, ao salientar, por outro lado, que os acidentes são incomuns.

A professora detalha que a espécie não costuma ser agressiva e que os acidentes acontecem quando alguém pisa ou coloca a mão em uma dessas serpentes e o animal se defende. “Elas costumam fugir. O dente dela, ele também não é tão na ponta do crânio, ele é um pouquinho para trás, um dente pequeno”, contou.

Serpente capturada em Torres é de uma das espécies mais tóxicas do Brasil. Foto: 1º BABM

A recomendação da professora da UFRGS para quem trabalhar em galpões ou áreas com maior chance de encontrar uma coral é usar sapato fechado e resistente. Em situação de manuseio de materiais, como madeira, também sugere usar luvas.  Apesar de esporádicos, em casos de acidente com a espécie, Camila salienta que é preciso procurar o centro de referência aplicação de soro antielapídico.

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