
O Litoral Norte teve um caso confirmado de Zika Vírus, o primeiro desde 2019. Exame realizado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmou o diagnóstico do paciente de Balneário Pinhal para a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a notificação do caso foi realizada no dia 31 de maio e a confirmação ocorreu nessa segunda-feira (14).
“Antes mesmo da confirmação do caso, ações intensificadas foram realizadas, pelo Setor de Endemias e Vigilância Epidemiológica, na região em que houve a notificação, atuando no bloqueio da transmissão”, informou a Prefeitura de Balneário Pinhal.
O Informativo Epidemiológico salienta que o município tem infestação do Aedes Aegypti desde 2018, mas sem a circulação, até a confirmação deste caso, de nenhuma das doenças transmitidas pelo inseto: Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus.
A Secretaria Municipal da Saúde informou ainda que o paciente não está mais transmitindo a doença. A necessidade de uma nova pulverização com inseticida e larvicida está sendo avaliada em conjunto com a 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS).
Conforme a 18ª CRS, outro caso de Zika Virus foi registrado em 2019 na região, no município de Torres.
Mais da metade dos municípios da região têm infestação do Aedes aegypti
Treze dos 23 municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul são infestados pelo mosquito transmissor do Zika Vírus, da Dengue e da Febre Chikungunya. Conforme o Informativo Epidemiológico, divulgado no início de junho, pelo CEVS, há infestação Aedes aegypti em Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Cidreira, Imbé, Mostardas, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras e Xangri- Lá.
Além do caso de Zika Vírus, a região teve, neste ano, oito casos de Dengue notrificados e dois confirmados. Em 2020, foram 18 notificados e seis confirmados. Também há duas notificações de Febre Chikungunya desde o início de 2021.
Zika Vírus no RS
Até 5 de junho, o Rio Grande do Sul havia notificado 155 casos suspeitos de Zika Vírus e 23 casos confirmados, sendo 14 casos autóctones nos municípios de Santa Maria (4ª CRS), São Nicolau (12ª CRS), Santa Cruz do Sul (13ª CRS) e Bom Retiro do Sul (16ª CRS), 93 foram descartados e 30 continuavam aguardando investigação diagnóstica.
Sintomas do Zika Vírus
O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.
De acordo com a Fiocruz, cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos.
Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras.
Prevenção
Ainda não existe vacina ou medicamentos contra zika. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).
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