Condenado por simular acidente para matar a esposa e receber seguro é preso em Osório

Crime aconteceu na Rota do Sol há mais de 13 anos; Brigada Militar e Polícia Rodoviária Federal capturaram o foragido na BR-101

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Homem que dirigia caminhão foi abordado por policiais na BR-101. Foto: Divulgação / BM / PRF

Um homem condenado por matar a esposa e simular um acidente para ocultar o crime e receber um seguro de vida foi preso na tarde desse sábado (22) na BR-101, em Osório. Ele chegava à cidade em uma carreta quando policiais da Brigada Militar (BM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) abordaram o caminhão e capturaram o foragido.

O crime aconteceu em 2011 na Rota do Sol, em Itati. O homem, hoje com 62 anos, foi condenado, em 2023, pelo Tribunal do Júri, a pena de 27 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, já que na época dos fatos o crime de feminicídio ainda não era previsto no Código Penal do Brasil.

Conforme investigação da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que motivaram a condenação, ele incendiou o carro com a esposa dentro e jogou o veículo em uma ribanceira da Rota do Sol. Depois disso, alegou que havia ocorrido uma acidente de trânsito, versão que foi desmanchada pelos investigadores.

O objetivo dele, de acordo com as investigações, seria ter acesso a um seguro de vida de mais de R$ 800 mil. Apólices de seguro que tinham como beneficiado o marido da vítima foram descobertas pela polícia

Relembre o caso

A dona de casa Maria de Fátima Andrade Silva, 45 anos, foi morta na altura do km 8 da ERS-486, a Rota do Sol, em Itati. O crime aconteceu em 7 de setembro de 2011.

O marido João Luiz Pereira da Silva, à época com 51 anos, alegou que o casal viajava de Osório para Caxias do Sul quando o automóvel sofreu uma pane. Na sua versão, ele relatou que deixou a esposa dentro do veículo para inspecionar o que havia acontecido, momento em que o automóvel caiu na ribanceira e pegou fogo.

A investigação da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público, além de perícias, revelaram que o homem havia ateado fogo no carro e na mulher e, depois, jogado o veículo em chamas na ribanceira.

Na época do júri popular, a promotora de Justiça, Karine Camargo Teixeira, que atuou na acusação, afirmou que o réu encharcou a vítima e o interior do carro com combustível e ateou fogo.

“Depois disso, o réu aguardou o socorro, fingiu profundo pesar pela morte da companheira e apresentou uma versão surrealista para o caso”, afirmou o MPRS.

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