Companheira e enteado de homem morto e esquartejado no Quintão viram réus

Justiça de Palmares do Sul aceitou denúncia do Ministério Público

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Corpo carbonizado estava dentro de um freezer no Balneário Quintão. Foto: Polícia Civil

A companheira e o enteado de homem morto e esquartejado no Balneário Quintão passaram a ser réus por homicídio e ocultação de cadáver. O juiz Rogério Kotlinsky Renner, da Comarca de Palmares do Sul, aceitou a denúncia contra mãe e filho apresentada pelo Ministério Público Estadual.

Na mesma decisão, o magistrado também deferiu o pedido de conversão da prisão temporária da ré em preventiva e a manutenção da prisão do réu, sendo determinada a citação deles.

A denúncia foi encaminhada no último domingo (30) e recebida no dia seguinte pelo magistrado, que considerou estarem presentes os requisitos formais para dar início ao processo. A mulher e o jovem agora passam a figurar como réus na ação penal que apura o crime.

Denúncia

O MP denunciou os dois por homicídio qualificado por motivo torpe, devido a desavenças envolvendo questões patrimoniais. Também por dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, morta com golpes de arma branca. O delito ainda teria sido cometido pelo fato dos autores se prevaleceram de relações domésticas, de coabitação e hospitalidade. A dupla também foi denunciada por ocultação de cadáver e por fraude processual.

O crime

O crime foi descoberto em 4 de março. Naquele dia, a companheira da vítima deixou a casa às pressas, logo depois que familiares chegaram à procura de Milton Prestes da Silva, de 55 anos. O cadáver esquartejado e carbonizado foi encontrado dentro de um freezer na residência onde vivia o casal, na Rua Visconde de São Leopoldo, no Balneário Quintão.

Horas depois, a Brigada Militar (BM) encontrou o automóvel Gol, que a investigada usou para sair da casa. O veículo havia sido abandonado perto da Lagoa do Quintão.

Enteado preso

O enteado da vítima foi capturado no mesmo dia em que o cadáver foi encontrado. Ele estava na cidade de Gramado, na Serra Gaúcha.

Policias civis trouxeram o suspeito de matar o padrasto de Gramando para o Litoral Norte. Foto: Polícia Civil / Arquivo

Conforme a Polícia Civil (PC), o jovem confessou, em depoimento, ter matado o padrasto a facadas e negou a participação da mãe no crime. O suspeito ainda admitiu que a motivação estaria relacionada à violência doméstica.

Prisão da companheira

Acompanhada do seu advogado, a mulher se apresentou no dia 8 de março na Delegacia de Polícia de Torres. Ela teve a prisão temporária decretada pela Justiça dois antes.

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