Companheira de homem morto, esquartejado, queimado e congelado no Quintão se entrega à polícia

Acompanhada de advogado, mulher se apresentou na Delegacia de Torres; polícia investiga terceiro envolvido

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Corpo carbonizado estava dentro de um freezer no Balneário Quintão. Foto: Polícia Civil

Está presa a companheira do homem assassinado e que teve o corpo esquartejado, queimado e congelado no Balneário Quintão, em Palmares do Sul. Acompanhada do seu advogado, a mulher de 47 anos se apresentou no começo da tarde deste sábado (8) na Delegacia de Polícia de Torres. A polícia, agora, investiga o possível envolvimento de uma terceira pessoa no crime.

Ela teve a prisão temporária decretada pela Justiça na quinta-feira (6), dois dias após a localização do corpo. A decisão do juiz Vitor Hummig, da Vara Judicial da Comarca de Palmares do Sul, atendeu representação do delegado Antônio Carlos Ractz Junior, que responde pelo Posto da Polícia Civil no Quintão, com parecer favorável do Ministério Público (MP).

“Ela está se apresentando de forma voluntária, quer colaborar e participar das investigações para esclarecer todos os fatos que estão pendentes de elucidação”, disse o advogado Wesley Altneter à reportagem da Rádio Maristela.

Questionado sobre o envolvimento do filho da cliente, que está preso desde quinta-feira (7) sob suspeita de ser o autor no crime, e também sobre a possibilidade dela ter participação na morte de Milton, o advogado completou: “Sobre as demais informações, a gente vai prestar agora no inquérito e na ação penal”.

Antes de ser conduzida ao Presídio Estadual Feminino de Torres, a mulher foi ouvida pelo delegado Ractz e negou participação no crime. A versão, no entanto, não convenceu a investigação.

“Disse que estava sob efeito de medicamentos, mas confirma que o filho matou [o padrasto]”, comentou Ractz ao portal Litoral na Rede.

A reportagem procurou a defesa da suspeita, mas não obteve retorno.

Terceiro envolvido

A participação de uma terceira pessoa no crime não está descartada. Após a prisão de mãe e filho, a Polícia Civil (PC) concentra esforços na apuração da possível participação de um terceiro indivíduo na morte de Milton.

A polícia, no entanto, não dá detalhes sobre o assunto para não atrapalhar as investigações.

Relembre o caso

O crime foi descoberto na última terça-feira (4). Naquele dia, a suspeita, de 47 anos, deixou a casa às pressas, logo depois que familiares chegaram à procura de Milton Prestes da Silva, de 55 anos. O cadáver esquartejado e carbonizado foi encontrado dentro de um freezer na residência onde vivia o casal, na Rua Visconde de São Leopoldo.

Hora depois, a Brigada Militar (BM) encontrou o automóvel Gol, que a investigada usou para sair da casa. O veículo havia sido abandonado perto da Lagoa do Quintão.

Enteado preso

O enteado da vítima também está preso, de maneira preventiva. O rapaz de 23 anos foi capturado no mesmo dia que o cadáver foi encontrado. Ele estava na cidade de Gramado, na Serra Gaúcha.

Conforme a Polícia Civil (PC), o jovem de 23 anos confessou, em depoimento, ter matado o padrasto a facadas e negou a participação da mãe no crime. O suspeito ainda admitiu que a motivação estaria relacionada à violência doméstica.

Porém, de acordo com a PC, não há qualquer registro policial referente a algum tipo de agressão envolvendo o casal. Ele foi conduzido à Penitenciária Modulada de Osório.

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