Três das quatro vítimas da chacina da semana passada, em Tramandaí, podem ter sido executadas por queima de arquivo. Em entrevista exclusiva ao Litoral na Rede, o delegado Paulo Perez, disse que não descarta qualquer hipótese para o crime, mas que a principal linha de investigação é de que o alvo seria Alexandro Luís Maciel de Oliveira, de 35 anos, o dono da casa onde os corpos foram encontrados, no bairro Zona Nova. Sobre o assassinato dos outros dois homens e uma mulher, Perez disse que “estariam no local errado e na hora errada”.
O resultado da necropsia nos corpos das vítimas surpreendeu a Polícia Civil. Inicialmente, os investigadores acreditavam que todas as vítimas tinham sido mortas a tiros, mas o exame realizado pelo Departamento Médico Legal indicou que duas pessoas foram assassinadas com golpes de faca. Rozeli Cardoso Zeferino, de 39 anos, morreu devido a um corte no pescoço. Saulo Junior de Souza Oliveira teria sido morto com uma facada e depois atingido na cabeça por um disparo de revólver.
Ainda segundo o laudo da perícia, Leonardo Barrufi Ferreira, de 18 anos, morreu com um tiro na cabeça e Alexandro foi executado com seis disparos. A investigação aponta que dois homens chegaram de moto na casada rua Rochado da Rocha, mas a Polícia ainda não tem suspeitos. Apesar de nenhuma das vítimas ter antecedentes por tráfico de drogas, a principal suspeita é que a motivação da chacina esteja ligado ao comércio de entorpecentes.
Assista a entrevista com o delegado Paulo Perez: