Depois de quase três anos e aproximadamente 7.400 quilômetros remando, o canoísta Adelson Carneiro Rodrigues, de 61 anos, está desbravando o Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Depois de passar por Torres e Capão da Canoa, o atleta chegou nesse sábado (04), em Tramandaí com a expedição “Oiapoque ao Chuí”.
Na etapa mais recente, ele remou por aproximadamente 41 quilômetros pelas lagoas do estuário do Rio Tramandaí, entre Capão da Canoa e Tramandaí. Chegou à Barra, na praça às margens do rio, acompanhados de canoístas locais e da Marinha do Brasil.
Em terra foi recepcionado por moradores, marinheiros da Agência da Capitania dos Portos no município, pelo comandante capitão-tenente Erick de Freitas Limp, e por representantes da Prefeitura, como o secretário de Pesca, Sid Souza.
Em um caiaque oceânico, Adelson partiu do Oiapoque em 17 de fevereiro de 2020. As paradas são realizadas após cada trecho de aproximadamente 40 quilômetros de remada. Ele projeta concluir a expedição em março, no Chuí, no Sul gaúcho.
“Finalzinho, misto de tristeza e a alegria ao mesmo tempo. Chegar no 17º estado, o último estado, o Rio Grande do Sul, é uma alegria imensa, não tem muito adjetivo, de tanto que isso é especial”, disse o aventureiro ao Litoral na Rede.
O canoísta também falou sobre a expedição e preparação. “Foram cinco anos de pesquisa na costa brasileira e início de expedição em 2020, agora dia 17 completam três de expedição e praticamente 7.400 quilômetros até agora. Isso tudo vem sendo movido pela força de vontade de querer descobrir, de desafios que eu tenho. Desde criança, comecei como atleta aos 10 anos, eu sempre quis me desafiar e os desafios têm sido parte da minha vida toda.”
Adelson fará uma palestra sobre a expedição, às 18h deste domingo, no Hotel Mares do Sul, na Rua Sahydi Abrahão, 391, no Centro de Tramandaí. A atividade é aberta ao público e com entrada gratuita. Pede-se que os participantes doem um quilo de alimento não perecível.
Na cidade, ele também fará registros dos pontos turísticos se reunirá com um grupo de escoteiros e com os militares da Agência da Capitania dos Portos. O capitão-tenente Erick de Freitas Limp, destacou o apoio da Marinha do Brasil á expedição. “A Marinha ajuda tanto na parte da condução da expedição, nós garantimos a segurança dele nos trechos mais perigosos, fazemos um apoio de alojamento e a divulgação nas cidades”, disse.
Limp também destacou a relevância da aventura do canoísta. “Mostra a importância dessa expedição tanto na parte social quanto na parte da importância da preservação do meio ambiente. Essa expedição está colocando luz a esse assunto”, avaliou o oficial.
O atleta segue na terça-feira (07), pelas lagoas, em direção a Cidreira, onde fará uma nova parada. Depois, novamente, seguirá remando pelas lagoas e terá um novo descanso em Palmares do Sul. De lá, seguirá até o extremo sul gaúcho para completar cerca de oito mil quilômetros remando e encerrar o desafio no Chuí.
