
A Secretaria Estadual da Saúde recebeu o Informe Técnico Operacional da campanha contra a influenza em 2023. No documento, elaborado pelo Ministério da Saúde, o público-alvo preliminar da campanha é de 4,7 milhões de pessoas no Rio Grande do Sul. O Ministério da Saúde realizará a 25ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, no período de 10 de abril a 31 de maio de 2023.
Os grupos prioritários da campanha são formados por crianças de seis meses a menores de seis anos de idade, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, professores de ensino básico e superior, povos indígenas, idosos com mais de 60 anos, profissionais das forças de segurança e salvamento, profissionais das forças armadas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, e população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção para proteger contra a doença, suas complicações e óbitos, além de contribuir para a redução da circulação viral na população, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco”, explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri. A meta da campanha é vacinar, pelo menos, 90% das crianças, gestantes, puérperas, idosos, povos indígenas, professores e trabalhadores da saúde.
Público-alvo preliminar estimado no Rio Grande do Sul
- Crianças de seis meses a menores de dois anos de idade – 186.630
- Crianças de dois anos a menores de seis anos de idade – 567.013
- Gestantes – 93.315
- Puérperas – 15.339
- Idosos a partir de 60 anos de idade – 2.219.023
- Trabalhadores da Saúde – 361.21
- Indígenas – 34.807
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais – 665.072
- Adolescentes em medidas socioeducativas – 1.249
- População privada de liberdade – 33.699
- Funcionários do sistema de privação de liberdade – 6.745
- Professores – 153.385
- Forças de Segurança e Salvamento – 28.178
- Forças Armadas – 38.899
- Pessoas com deficiência – 488.941
- Caminhoneiros – 128.564
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso – 29.034
- Trabalhadores portuários – 4.051
- Total – 4.693.944
Influenza
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade, distribuição global e com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de influenza podem variar de quadros leves a graves e podem levar ao óbito. É uma infecção respiratória aguda, causada pelos tipos A, B, C e D, sendo os vírus A e B responsáveis por epidemias sazonais. Além disso, o vírus influenza A encontra-se especificamente associado a eventos pandêmicos, como o ocorrido em 2009.
O período de incubação dos vírus influenza é geralmente de dois dias, variando entre um e quatro dias. Os sinais e os sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática até formas graves. Os quadros graves ocorrem com maior frequência em indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção, lactentes no primeiro ano de vida e crianças de seus meses a menores de seis anos de idade, gestantes, idosos com 60 anos ou mais e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.
A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala da pessoa infectada para uma pessoa suscetível. A síndrome gripal se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade respiratória e há necessidade de hospitalização. Em situações onde ocorre agravamento dos casos, estes podem evoluir para a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ou mesmo óbito.