Calçadão destruído prejudica quiosqueiros e decepciona visitantes em Tramandaí

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Escada improvisa foi construída para ligar quiosque à areia. Foto: Litoral na Rede
A ressaca história do final de outubro deixou um rastro de destruição no Litoral Norte e muita coisa não será consertada a tempo para a alta temporada.  Um dos exemplos é o calcadão da avenida Beira Mar de Tramandaí, onde ainda há entulhos e crateras, prejudicando as vendas dos quiosqueiros e decepcionando visitantes que chegaram nos últimos dias a cidade.
No trecho entre as guaritas 146 e 148 está o maior estrago: são aproximadamente 50 metros onde todo o passeio, entre os quiosques e a areia desabou. Quem vem para aproveitar a praia se surpreende. A modelista Terezinha Ramos, de São Leopoldo, passou o último final de semana na cidade e para chegar à praia teve que desviar de um dos buracos no calcadão. “Isso é uma vergonha, o verão está chegando e não arrumaram ainda”, lamentou a turista.
O vendedor João Batista veio de Novo Hamburgo com a esposa e duas filhas para passar toda a temporada em Tramandaí e não imaginava que encontraria a praia nestas condições. “Quando vi até achei que era uma reforma. Era uma das praias mais lindas e agora está deste jeito”, criticou o visitante.
Para alguns quiosqueiros o prejuízo é inevitável. No quiosque Bangalô, os comerciantes precisaram construir uma escada de madeira para que os clientes pudessem passar sobre a cratera ainda aberta e os entulhos que não foram retirados. A quiosqueiros Márcia Mello disse que o gasto foi superior a R$ 1 mil e  reclama que nem a sujeira foi retirada. “Tem latas, madeiras, pregos. O que a gente pode tirar a gente tirou”, disse ela, reclamando que o problema se agravou devido à transição de governo na Prefeitura. “Um prefeito diz que não pode  fazer porque está saindo e o outro porque ainda não assumiu”, reclamou.
Quiosqueiro enfrenta cratera para atender clientes. Foto: Litoral na Rede
Ao lado do Bangalô funciona o Kioske do Pedrão, que está em cima da cratera a aberta pela ressaca. O quiosqueiro Pedro Oliva da Rosa projeta que terá redução das vendas nesta temporada.”Eu tenho clientes aqui há anos e eles nem têm como vir e ficar aqui nesta situação”, desabafou. Para amenizar o prejuízo o comerciante se aventura com pratos de petiscos e garrafas de cerveja pelo meio do entulho do calçadão para servir a freguesia na areia. “Eu dependo disso aqui, eu sustento minha família com isso aqui. Poderiam ao menos limpar e colocar um caminhão de areia.
O Litoral na Rede conversou com o atual secretário municipal de Planejamento de Tramandaí, Flávio Machado da Silva, sobre a situação do calçadão e não há expectativa de recuperar os danos da ressaca ainda neste ano. “Não dá tempo de fazer uma obra completa. O que nós estamos fazendo são pequenos reparos e os quiosqueiros também estão arrumando o que podem”,explicou o secretário.

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