O avançado estado de decomposição da baleia que morreu e encalhou, nesta quarta-feira, na beira da praia do Balneário Presidente, em Imbé, dificultou as investigações sobre a causa da morte do animal. Pesquisadores do Ceclimar-UFRGS acompanharam toda a operação de remoção do cetáceo e analisaram os restos mortais em busca de informações que pudessem indicar como a baleia morreu.
Os biólogos mediram o animal, que tem 13 metros de comprimento e a estimativa é de que pese aproximadamente 40 toneladas. A carcaça da baleia foi localizada ao amanhecer, mas devido ao seu tamanho, funcionários da Prefeitura de Imbé só conseguiram enterra-lá nas dunas no início da tarde. Duas máquinas retroescavadeiras foram usadas para retirar a baleia da água e depois rolar o cetáceo pela areia.
O trabalho foi acompanhado por uma multidão de curiosos e a equipe precisou isolar a área. A baleia é um macho adulto da espécie Bryde. Segundo o pesquisador e professor do Ceclimar, Ignacio Benites Moreno, estas baleias não são migratórias e, por isso, mesmo no verão aconteceu uma situação como esta. “Ela não realiza as migrações sazonais, como as baleias Franca e Jubarte, que no verão estão em água antárticas e subantárticas se alimentando e no inverno elas estão em águas mais quentes”, explicou.
Moreno disse que apesar da análise feita pela equipe do Ceclimar não é possível determinar a causa da morte da baleia. Segundo ele, não foi encontrada nenhuma evidência de choque do animal com embarcação no mar ou marcas de redes de pesca. “A gente trabalha com a hipótese de que pode ter sido uma causa natural, ainda desconhecida. Como está em avançado estado de decomposição, não se consegue abrir e ver os órgãos e buscar entender o que levou este animal a óbito”, esclareceu o pesquisador.
Assista e veja como foi todo o trabalho de remoção e a análise da carcaça da baleia
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