Policiais flagraram a pesca ilegal do bagre com redes junto à barra do Rio Tramandaí. Em ação, na noite dessa quinta-feira (21), a equipe da Patrulha Ambiental (Patram) de Tramandaí apreendeu cerca de 500 metros de redes e 150 quilos de peixes.
Além da proibição da captura da espécie na bacia hidrográfica, a pesca com rede não é permitida na boca da barra, local de encontro do rio com o mar. O comandante da Patram de Tramandaí, tenente Juares Matias, explica que neste ponto é permitida apenas a pesca com tarrafas, em que ocorre a interação entre botos e pescadores tradicionais.
“Esse tipo de pesca na boca da barra pode causar um grande problema, inclusive para os botos que entram ali. Além disso, neste ponto ocorre a entrada de quase todo o pescado na bacia do Rio Tramandaí para se reproduzirem”, salienta Matias.
A apreensão das redes e dos pescados é resultado da Operação Força Verde no município de Tramandaí. Conforme o 1° Batalhão Ambiental (BABM), os policiais atuavam para reprimir a pesca e a caça ilegais quando identificaram a irregularidade.
No local, a equipe da Patram avistou seis pessoas manuseando redes e peixes. Com a aproximação da viatura, todos fugiram. Com isso, os PMs fizeram buscas e, logo depois, conseguiram deter uma delas.
Devido à prática ilegal, o homem foi apresentado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Tramandaí e autuado em flagrante. Como os pescados estavam em condições de consumo, a Patram destinou para ao Desafio Jovem Gideões, um centro de recuperação de dependentes químicos que funciona no município do Litoral Norte.
Pesca do bagre
A pesca do bagre pode ser realizada somente por pescadores previamente cadastrados no projeto MOPERT (Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira e Geração de Subsídios para o Manejo da Pesca do Bagre nos Municípios de Imbé e Tramandaí).
Neste ano, a temporada da pesca do bagre começou no dia 1° de outubro e seguirá até o dia 14 de dezembro, na Bacia do Rio Tramandaí. A definição do período da safra 2024 ocorreu numa sessão conciliatória do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon) da Justiça Federal do RS (JFRS) com os envolvidos.
A JFRS alerta que a pesca do bagre Genidens planifrons (juru-bebê), espécie considerada criticamente ameaçada de extinção, está proibida.
