Uma operação em alto mar para coibir a pesca ilegal resultou na apreensão de redes de pesca, de milhares de peixes e até de um tubarão ameaçado de extinção. A ação realizada no mar territorial do Litoral Norte ocorreu nessa quarta-feira (27).
A ofensiva em alto mar reuniu policiais militares do 1° Batalhão Ambiental de Capão da Canoa, do Batalhão de Aviação da Brigada Militar, fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e militares da Marinha do Brasil.
A apreensão, de acordo com o Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) ocorreu no mar de Xangri-Lá. Uma embarcação pesqueira que estava a menos de quatro milhas náuticas da costa gaúcha foi abordada.
Durante a fiscalização, diversas irregularidades foram encontradas na embarcação, como a utilização de equipamentos proibidos e redes com panagem de tamanho além do limite legal permitido.
O comandante do 1° BABM, capitão Rogério Silva dos Santos, informou que no interior da embarcação havia mais de 16 mil metros de rede e cerca de 14 toneladas de peixes diversos.
“Identificamos ao menos uma espécie de Tubarão Anjo que está ameaçado de extinção. Suspeitamos, que outras espécies apreendidas, são de Tubarão Martelo, que também está ameaçado de extinção. A confirmação dependerá de análise técnica posterior, pois os exemplares estavam eviscerados e sem cabeça”, explicou o capitão.
No entorno da embarcação, foram encontradas mais redes que foram lançadas no mar. Nela havia mais três toneladas de peixes que também foram apreendidos. “Este tipo de embarcação não pode pescar a menos de quatro milhas náuticas da costa, conforme portaria do Ibama. Eles estavam com metragens de redes de pesca acima do permitido, assim como a malha da rede”, declarou o comandante.
Segundo CABM, a embarcação foi escoltada até o município de Passo de Torres, onde atracou e, na manhã desta quinta-feira (28), com o apoio da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina. O responsável pela atividade irregular foi preso e conduzido até a Delegacia de Polícia Federal em Porto Alegre e responderá por diversos crimes ambientais previstos na Lei de Crimes Ambientais, Lei nº 9.605/98.
