Baleia encalha viva na praia entre Quintão e Dunas Altas

Equipe de veterinários avaliou as condições do animal e decidiu realizar a eutanásia

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Baleia da espécie jubarte encalhou viva na beira da praia entre Quintão e Dunas Altas. Foto: Derek Blaese / Ceclimar

Uma baleia da espécie jubarte encalhou viva na beira da praia entres os balneários de Quintão e Dunas Altas, em Palmares do Sul. O animal, de aproximadamente 15 toneladas, está preso na areia desde a última sexta-feira (29). Devido à condição bastante debilitada do cetáceo e à impossibilidade de realizar a remoção, uma equipe de veterinários decidiu realizar a eutanásia para amenizar o sofrimento.

A baleia foi encontrada por um pescador, que tentou sem sucesso realizar o desencalhe. Ela está a cerca de 3,5 quilômetros ao sul do farol de Quintão.  A equipe do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Ceram) do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) foi avisada sobre o encalhe no fim da tarde de sexta-feira.

O médico veterinário do Ceclimar, Derek Blaese, foi até o local nas primeiras horas da manhã de sábado (30) para avaliar a possibilidade de desencalhe e as condições de saúde do animal. “Eu entrei em contato também com outros veterinários do Brasil que trabalham com isso e todos corroboraram que o mais adequado é fazer a eutanásia, pelo score corporal do animal e porque é uma praia de difícil acesso”, disse Derek ao Litoral na Rede.

Segundo o veterinário, especialista em animais marinhos, outro agravante é que a baleia está bastante soterrada na areia. “Não dá pra saber o sexo em função da posição dela, mas tem 10, 5 metros, aproximadamente 3 anos e de 14 a 15 toneladas. Está bastante debilitada, o socorre corporal dela está bem ruim e ela já está soterrada um bom pedaço”, detalhou.

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Animal está preso na areia. Foto: Derek Blaese / Ceclimar
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Baleia tem entre 14 e 15 toneladas e mais de metros de comprimento. Foto: Derek Blaese / Ceclimar
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Médicos veterinários decidiram fazer a eutanásia do animal. Foto: Derek Blaese / Ceclimar

A eutanásia ainda não foi realizada porque é preciso uma grande quantidade de medicamentos tendo em vista o tamanho da baleia. Por isso, o médico veterinário foi para Porto Alegre em busca dessas substâncias. Derek informou que na tarde deste domingo (31), conseguiu o volume necessário e que a eutanásia será acompanhada por uma equipe da Associação R3 Animal, de Florianópolis, que está vindo para o Litoral Gaúcho.

“Depois a gente procede com a necropsia para tentar descobrir qual foi a causa do encalhe do animal. O pessoal do Setor de Patologia Veterinária da UFRGS vai estar junto para fazer a necropsia”, finalizou o médico veterinário e pesquisador.

Em 2019, após três dias de tentativa de desencalhe, outra baleia jubarte, que encalhou na costa gaúcha, foi submetida eutanásia. O animal foi encontrado em março daquele ano na beira da praia de Mostardas.

Leia também: Entenda porque as baleias-jubarte estão sendo avistadas com mais frequência no Litoral Norte

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