Atraso de repasses ameaça funcionamento do SAMU no Litoral Norte

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Fotos: Litoral na Rede

Somente o governo do Estado deixou de encaminhar aproximadamente R$ 14 milhões em recursos da área da saúde para os municípios do Litoral Norte. O levantamento dos repasses atrasados é da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS). Verbas do Ministério da Saúde também estão atrasadas e o atendimento à população e visitantes fica comprometido. Um dos riscos é a paralisação das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Em Imbé, as duas ambulâncias para atendimento de urgência estão paradas desde o último sábado. Por falta de pagamento, a empresa que prestava o serviço desistiu do contrato. Um dos veículos já permanecia na garagem desde o início do ano porque a equipe era reduzida e não contava com um médico. Até 2015, o serviço era realizado através de um consórcio dos municípios do Litoral Norte, mas há pouco mais de um ano passou a ser administrado por cada prefeitura, sendo que a maior parte das despesas deveria ser paga pelo Estado e pela União.

O presidente da FAMURS e prefeito de Arroio do Sal, Luciano Pinto da Silva, confirmou ao Litoral na Rede que o problema de custeio do atendimento móvel de urgência não é exclusividade de Imbé. “As prefeituras enfrentam dificuldade de ofertar este serviço que é essencial à sociedade. Se os recursos não chegarem, poderemos ter um problema maior”, alertou. O prefeito destacou ainda que, além de arcarem sozinhos com as despesas, os gestores dos municípios ainda sofrem um enorme desgaste com esta situação.

Prefeitura de Imbé busca solução emergencial para o SAMU

A Prefeitura de Imbé encaminhou, nesta segunda-feira, à Câmara de Vereadores, em regime de urgência, um pedido de autorização do legislativo para contratar emergencialmente 13 socorristas e reativar o atendimento do SAMU no município. O prefeito Pierri Emerim espera ter o texto aprovado nos próximos dias para garantir que, pelo menos, uma ambulância volte a ser usada ainda no início do Verão 2016/2017. “Nós temos o SAMU há dois anos, nunca recebemos os repasses federais e os valores do governo do Estado estão atrasado há seis meses”, explicou Pierri.

Segundo a administração do município, 50% dos custos do serviço deveriam ser pagos pelo governo federal, 25% pelo estadual e 25% pela Prefeitura. O Litoral na Rede entrou em contato com a Secretaria Estadual da Saúde e recebeu a seguinte resposta da assessoria de imprensa: “A SES/RS comunica que, até o momento, não foi informada sobre a paralisação dos serviços do SAMU, em Imbé”.

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