
Cerca de quatro meses após o anúncio de que a Santa Casa de Misericórdia deixaria a gestão do Hospital de Santo Antônio da Patrulha (HSAP), a prefeitura do município assinou nessa sexta-feira (29) um contrato emergencial para que a Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN) assuma a administração da unidade.
O hospital, que atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particular, é referência no Litoral Norte em áreas como oftalmologia, cirurgia vascular, internação psiquiátrica e cirurgia geral eletiva.
Segundo o prefeito Rodrigo Massulo, o novo contrato tem vigência a partir deste domingo (31) e é válido, inicialmente, por 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
Ele explica que o prazo é mais do que suficiente para a conclusão do processo licitatório, ainda em curso, para contratação definitiva da nova empresa que ficará responsável por administrar a unidade, evitando que a prefeitura tenha que assumir a gestão direta do HSAP. “Desta forma, podemos realizar os trâmites legais com tranquilidade, sabendo que o atendimento do hospital continuará prosseguindo normalmente, sem sobressaltos para a população patrulhense”, afirmou Massulo, acompanhado do presidente da Associação Hospitalar Vila Nova, Dirceu Beltrame Dal’Molin, e do prefeito de Caraá, Magdiel dos Santos Silva.
Santa Casa alegou impactos da pandemia para deixar gestão
Entre as razões apresentadas pela Santa Casa de Misericórdia – administradora do HSAP desde maio de 2017 – para deixar a gestão do HSAP, em março deste ano, foram citadas a inflação crescente sobre os custos hospitalares e os impactos causados pela pandemia da Covid-19. “Diante disso, tornou-se absolutamente inviável a continuidade da gestão do Hospital, seja pelo fator escassez de gestão corporativa, distância, como também pela necessidade de atenção ao seu crescimento e satisfação do HSAP”, afirmou Matos na ocasião.
“Não gostaríamos de trazer essa notícia aos patrulhenses. Hoje temos um hospital pujante, com mais de 300 atendimentos por dia e diversas especialidades médicas”, disse o então diretor geral da instituição, Julio Matos, num vídeo publicado à época.